O director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) admitiu, esta terça-feira, que os militares portugueses na República Centro Africana podem vir a fazer missões em zonas de risco elevado, disseram à Lusa fontes da comissão de Defesa.
De acordo com informações recolhidas pela Lusa junto de deputados da comissão, que esta terça-feira ouviu, à porta fechada, Casimiro Morgado, director do SIED, as tropas portuguesas estão colocados numa zona considerada de risco moderado – Bangui e arredores.
No entanto, a maior parte do território da República Centro Africana, segundo disseram as mesmas fontes, está, segundo Casimiro Morgado, em risco elevado e é aí que as tropas portuguesas podem vir a actuar – no eventual desarmamento de milícias ou como força de recurso.
Daí que a conclusão dos deputados ouvidos pela Lusa seja que a missão dos militares portugueses tem uma dose de risco grande num país.
Portugal participa desde Janeiro na missão das Nações Unidas na República Centro-Africana com 160 militares, dos quais 90 do regimento de Comandos, quatro da equipa de controlo aéreo da Força Aérea Portuguesa e os restantes de apoio e serviços, por um período de um ano.
A força portuguesa na Missão Integrada Multidimensional de Estabilização das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINUSCA) tem capacidade para executar operações de combate, patrulhas de segurança, vigilância e reconhecimento de área, proteção de infraestruturas ou áreas sensíveis, de entidades ou forças; escoltas de colunas de viaturas, operações de cerco e busca, actividades com civis e dirigir acções de aeronaves em apoio aéreo próximo e helicópteros de ataque.
A maioria do contingente – um grupo de 127 militares – partiu de Lisboa a 17 de Janeiro.
A participação portuguesa na MINUSCA, com um total de 12 mil efectivos, corresponde a um pedido de ajuda da França, na sequência dos ataques terroristas em Paris, em Novembro de 2015. (TVI24)
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