“O Costa Segura tem vindo a permitir ampliar significativamente a nossa capacidade para garantir a segurança marítima e, assim, reforçar o exercício da autoridade e soberania do Estado no mar”, declarou o Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, durante a inauguração do sistema radar do programa Costa Segura, em Portimão, na passada quarta-feira, 26 de Julho, na qual também participou a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
“O mar traz-nos benefícios, mas comporta também deveres”, considerou Azeredo Lopes, destacando que “53% do comércio externo da União Europeia passa por águas jurisdicionais portuguesas. Cerca de 60% de todo o comércio externo português ocorre por via marítima”, o que “significa que, ou olhamos para o mar como uma ferramenta essencial de soberania, uma ferramenta essencial de prossecução de um bem superior, ou estaremos a fazer mal o nosso trabalho”. “O mar é juridicamente nosso, mas ele será tanto mais nosso, quanto formos capazes de multiplicar exemplos” como os da Costa Segura.
O módulo radar do sistema Costa Segura inaugurado em Portimão permite monitorizar as embarcações na costa do Algarve, ao largo de Portimão, em tempo real, melhorando as condições de busca e salvamento. Prevê-se a cobertura integral da costa algarvia até ao final do ano, faltando apenas a entrada em funcionamento do sistema em Sagres. O projecto deverá abranger todo o país até ao final de 2018.
O Ministro da Defesa Nacional e a Ministra do Mar testemunharam ainda a assinatura de um protocolo referente à instalação de um posto marítimo na Ilha de Farol, entre a Administração dos Portos de Sines e do Algarve e a Direcção-Geral da Autoridade Marítima, assim como a homologação do protocolo entre a Docapesca e a Câmara Municipal de Olhão, relativo à reabilitação das três rampas de abastecimento às ilhas.
Para a Ministra do Mar, esta foi uma cerimónia “muito simples de assinatura de dois protocolos também eles muito simples, mas muito significativos”, realçando que o primeiro “constitui não apenas a cedência de umas instalações por parte da Administração dos Portos de Sines e do Algarve à Capitania de Olhão; é muito mais do que isso, é um exemplo não só de cooperação e de partilha de esforços, mas de disponibilização de recursos aos quais pode ser dada melhor utilização”.
Durante a cerimónia, o Presidente da Câmara de Olhão considerou que a reabilitação das rampas de acesso às ilhas é “uma obra fundamental, não pelo montante que representa, mas pelo serviço que presta às populações”. (Defesa)
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