Portugal vai oferecer a São Tomé e Príncipe, em Fevereiro de 2018, um navio patrulha para melhor controlo da sua costa, garantiu hoje o vice-almirante da marinha portuguesa, Gouveia e Melo que se encontra de visita ao arquipélago.
"Nós estamos a planear entre Janeiro e Fevereiro de 2018 ter cá o navio", disse Gouveia e Melo no final de um encontro de hora e meia com o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada.
"Quando há força de vontade e intenção, é só uma questão de tempo" acrescentou o vice-almirante do exército português, sublinhando que "há intenção firme de ambas as partes de seguir em frente com este processo".
Portugal e São Tomé e Príncipe mantêm uma forte cooperação técnico-militar que é financiada no âmbito do Programa Estratégico de Cooperação (PEC) que inclui a formação de quadros, fornecimento de equipamentos, fardamentos e botas e fiscalização das suas águas.
O vice-almirante da marinha portuguesa que é igualmente comandante operacional da força marítima europeia deseja que essa cooperação "seja intensificada" e no encontro com Patrice Trovoada o único ponto discutido foi o fornecimento de um navio patrulha ao arquipélago.
"Viemos trazer uma proposta de uma cooperação mais alargada entre a Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe e a Guarda Costeira e a Marinha portuguesa", explicou.
"Nós já cooperamos há bastante tempo, mas agora há a necessidade de aprofundar essa cooperação e conseguir dar um salto mais qualitativo", acrescentou Gouveia e Melo.
A embarcação que vai ser disponibilizada a São Tomé, segundo o responsável português tem "maiores capacidades de suportar essa operação", de patrulhamento e ficará nos primeiros meses sob a égide da guarda costeira portuguesa, e "transferido mais tarde" para controlo directo da guarda costeira são-tomense.
As autoridades portuguesas pretendem tornar a cooperação a nível da guarda costeira "mais sustentável".
Por isso defendem a necessidade de capacitar quadros da guarda costeira "para ela própria ter capacidade para controlar as águas de São Tomé e Príncipe".
"Numa perspectiva não militar, mas numa perspectiva de jurisdição, capacidade para saber o que é que se passa nas suas águas, de intervir e de garantir a autoridade do estado são-tomense nas águas que são por direito internacional de São Tomé", explicou o vice-almirante português. (DN)
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