25 de julho de 2018

Tribunal de Contas já deu luz verde à compra dos Koala para a Força Aérea

O Tribunal de Contas (TdC) já deu visto ao contrato de compra dos cinco novos helicópteros ligeiros Koala para a Força Aérea, dois dos quais já estão a ser fabricados apesar de o negócio continuar por fechar, soube esta quarta-feira o DN.

O contrato foi visado pelo TdC há pouco mais de uma semana, no dia 17, cerca de três meses depois de o ter devolvido ao Ministério da Defesa "para complemento da instrução do processo e esclarecimentos", indicou fonte oficial.

O concurso de compra de cinco helicópteros AW119 Koala foi lançado em maio de 2017, por 20,5 milhões de euros e com opção para mais duas aeronaves, tendo as partes assinado o contrato meses depois. O facto de o TdC ter devolvido o processo acabou por atrasar a conclusão do negócio.

Mas a decisão da Leonardo acabou por minimizar os efeitos negativos do atraso resultante das falhas detectadas pelo TdC no processo instruído pelo Ministério.

Por outro lado, apesar das previsões apontarem para a paragem de toda a frota dos Alouette durante este verão, a Força Aérea vai conseguir manter três aparelhos a voar até Março de 2019, explicaram fontes do ramo.

Isso evitar interromper o treino e formação dos pilotos da Força Aérea e os da Marinha, pois os cerca de três meses de coexistência entre os primeiros Koala e os últimos Alouette permitem "fazer a transição" entre as duas frotas.

Acresce que, com as novas responsabilidades atribuídas ao ramo em matéria de apoio no combate aos incêndios florestais, na Força Aérea há "a esperança que a opção por mais dois helicópteros [prevista no contrato] seja tomada a curto prazo".

A proposta dos Koala representou "a opção mais barata", frisou uma das fontes, apesar de a Leonardo ter ficado como único concorrente num processo donde foi excluída a rival Airbus com o modelo H125M.

Note-se que a aquisição de novos helicópteros ligeiros para a Força Aérea começou a ser abordada pelo ramo desde os anos 1990, quando os Alouette III já tinham cerca de três décadas de operação.

A par da formação dos pilotos, esses aparelhos destinam-se a operações de busca e salvamento e, à luz da tragédia dos incêndios que assolaram o país em 2017, deverão vir minimamente preparados para participar no combate aos fogos - até porque a Força Aérea vai assumir a gestão, operação e manutenção dos meios aéreos permanentes afectos a essa missão. (DN)

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