Regressa amanhã a Portugal, a Força de 140 Fuzileiros da Marinha portuguesa que esteve, durante quatro meses, em missão na Lituânia, no quadro das medidas de tranquilização da NATO para o flanco leste da Europa, sedeados na cidade de Klaipeda.
Esta força, constituída por 140 militares, foi gerada integralmente no Corpo de Fuzileiros, sendo a primeira Força de Fuzileiros projectada e empenhada de forma totalmente autónoma e independente fora do território nacional.
O empenhamento operacional desta Força de Fuzileiros na Lituânia traduziu-se na realização de inúmeras actividades operacionais, incluindo exercícios multinacionais, bilaterais com diversas unidades lituanas do Exército, Marinha e de Operações Especiais.
Destes realçam-se, pela sua especificidade e relevância, o “Flaming Sword” no domínio das operações especiais, o “Strong Shield” no quadro dos planos de defesa da República Lituana, o “Brudus Grifonas” no âmbito do processo de treino e certificação da Brigada Griffin ou, ainda, a realização de um bloco de treino anfíbio proporcionado à Marinha Lituana e à unidade parceira do Exército Lituano, que culminou no marco histórico de ter sido a primeira vez que estas efectuaram uma operação anfíbia.
Especial referência ainda para o exercício de oportunidade realizado com o navio-chefe da Força Naval da NATO “Standing NATO Maritime Group 1”, o navio dinamarquês “HDMS Esbern Snare”, que consistiu numa operação anfíbia complexa envolvendo igualmente a unidade lituana parceira.
Releva-se ainda a participação em diversas actividades de visibilidade e proximidade junto da população civil e em parceria com as forças lituanas, demonstrando uma presença militar efectiva, credível e sentida pela população lituana.
No teatro de operações os Fuzileiros contaram com 40 viaturas, bem como com 12 botes de assalto para assegurar o vector de projecção anfíbio, armamento individual e colectivo, ligeiro, médio e pesado que permitiu uma adaptação à tipologia da missão.
A Força de Fuzileiros na missão da NATO na Lituânia teve como característica especial a sua organização modular, com dois elementos diferenciadores, nomeadamente o de projecção de força (companhia que engloba manobra, apoio de combate, assalto anfíbio e apoio de serviços orientado para a realização de operações anfíbias e actividades no domínio terrestre) e de operações especiais.
Além disto, o carácter diferenciador enquanto força de matriz anfíbia, permitiu a actuação nos domínios terrestre e marítimo em conjunto com as forças armadas lituanas.(emgfa)
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