Após dois meses em missão no Mediterrâneo central, o submarino "Arpão" da Marinha portuguesa regressou ontem, 31 de Agosto, à Base Naval, no Alfeite.
Durante a missão realizada em apoio à operação “SOPHIA” da Força Naval da União Europeia (EUNAVFOR MED), que tem como principal objectivo contribuir para o desmantelamento do modelo de negócio das redes de introdução clandestina de migrantes e tráfico de pessoas, bem como para o combate ao contrabando de combustíveis no Mediterrâneo central, o submarino “Arpão” contabilizou 16.374 navios identificados, em 45 dias na área de operações e perto de 1000 horas de patrulha em imersão.
A missão primordial do submarino português consistiu na identificação de navios que constam nas bases de dados internacionais, conhecidos ou suspeitos de exercerem actividades ilícitas associadas ao financiamento ilícito e indirecto de organizações criminosas, ou associadas ao terrorismo transnacional e, consequentemente contribuir para manutenção da segurança marítima nesta região do mediterrâneo.
O submarino da Marinha portuguesa foi capaz de detectar e recolher informação de 43 navios referenciados pela missão da União Europeia presumivelmente como navios relacionados com actividades ilícitas.
Durante as operações realizadas o "Arpão" caracterizou também o tipo e padrões de navegação e as principais linhas de comunicação marítima do Mediterrâneo central, região do globo conhecida por ser uma das principais artérias por onde passa o tráfego marítimo mundial.
O submarino português apoiou simultaneamente a operação “SEA GUARDIAN” da NATO, tendo prestado um relevante contributo através da partilha de informação do panorama marítimo com as marinhas da Aliança.
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