(Correio Manhã)Este ano a Força Aérea assume a gestão e comando dos meios aéreos de combate a fogos. O número e o tipo de aeronaves foi definido pela Autoridade Nacional de Protecção Civil – serão 61 aparelhos, entre aviões e helicópteros, cujos concursos ainda estão em desenvolvimento, num processo dirigido pelos militares. Mas o Chefe do Estado Maior da Força Aérea não descarta vir a utilizar os seis Kamov que são propriedade do Estado, mas que estão todos inoperacionais.
De acordo com o general Joaquim Borrego, "os Kamov são excelentes helicópteros para o combate aos incêndios, mas temos de ver qual é o estado actual". "A Força Aérea não rejeita esses aparelhos, desde que estejam em condições para voar. Neste momento não têm essas condições", admitiu esta segunda-feira o oficial durante a cerimónia de entrega dos ‘brevets’ aos oito novos pilotos-aviadores formados pela Academia da Força Aérea, em Sintra.
Estes aparelhos estão envolvidos em polémica desde 2006, quando foram comprados pelo Estado – era José Sócrates primeiro-ministro e António Costa ministro da Administração Interna – por um valor superior a 42 milhões de euros, sendo que só chegaram dois anos depois do previsto. O Tribunal de Contas veio, anos depois, arrasar todo o negócio, sobretudo a parte da manutenção. Actualmente estão todos parados num hangar em Ponte de Sor, situação que se mantém desde o verão de 2018, quando o País ardia e mais de 100 pessoas morriam nas chamas. Não há previsão para quando serão reparados.
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