"Os desafios que a NATO enfrenta hoje são talvez maiores do que durante a Guerra Fria. A organização faz 60 anos e está agora mais empenhada para além da região transatlântica, mais do que em qualquer outra altura da sua história", afirmou o almirante italiano Giampaolo di Paola, presidente do Comité Militar da Aliança Atlântica, que se reuniu ontem em Sintra.
O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Valença Pinto, é o anfitrião desta conferência, que tem na agenda dois principais assuntos: o Afeganistão e o Novo Conceito Estratégico.
Após agradecer a Lisboa a contribuição portuguesa nas operações da NATO, o almirante Di Paola informou sobre os trabalhos em discussão, adiantando que antes do debate o almirante Jim Stavridis, comandante supremo do Comando Aliado da Europa, apresentará a sua avaliação sobre o Kosovo, as operações marítimas, incluindo os esforços da organização no combate à pirataria, e a actual missão de treino da NATO em curso no Iraque.
Na conferência está presente também o comandante das forças da NATO no Afeganistão, general Stanley McChrystal, que fez ontem a sua apreciação sobre as operações aliadas em curso naquele país.
Hoje, último dia da reunião, vai ser discutido o novo Conceito Estratégico da Aliança Atlântica, isto é, o seu futuro. Os 28 chefes de Estado-Maior-General das Forças Armadas da NATO presentes vão analisar a dimensão militar deste novo conceito, para poderem transmitir uma avaliação consensual ao secretário-geral da organização, Anders Fogh Rasmussen, que, recorde-se, nomeou uma equipa de doze pessoas, liderada pela antiga secretária de Estado norte-americana Madeleine Albright, para apresentar uma proposta sobre a revisão do Conceito Estratégico.
Participam ainda nesta conferência Roger Cohen, do ‘The New York Times’ e ‘International Herald Tribune’, e o professor doutor Rob de Wijk, director do Centro dos Estudos Estratégicos da Haia. No fim dos trabalhos há uma conferência de imprensa.(C.M)
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