A General Dynamics (GD) reiterou estar a cumprir o contrato de fornecimento de 260 viaturas blindadas Pandur e o programa de contrapartidas associado, desmentindo ter equacionado deslocalizar a sua montagem de Portugal como forma de pressão.
De acordo com a direcção da empresa norte-americana, até ao momento foram entregues 77 viaturas blindadas ao exército português e serão entregues outras 95 ate final de 2009.
"Vamos produzir as restantes 124 viaturas até 2010", disse um representante da empresa que pediu anonimato, explicando que deverá verificar-se no final do contrato um atraso "não significativo" de um trimestre de responsabilidade da empresa e do próprio cliente, que pediu sucessivas alterações ao projecto inicial.
Confrontada com informações sobre ajustamentos que terão de ser feitos em 34 viaturas produzidas inicialmente na Áustria, o responsável da GD disse tratar-se de pequenas alterações que serão remediadas em quatro semanas pela empresa Salvador Caetano, logo que o Ministério da Defesa aprove a negociação, sem custos adicionais para Portugal, e já feita entre as duas empresas.
"O MDN ainda não deu luz verde para a Salvador Caetano começar a fazer esses pequenos ajustes", diz a fonte, que garantiu que as restantes viaturas continuarão a ser produzidas pela parceira local portuguesa Fabrequipa.
Portugal adquiriu 16 versões diferentes dos blindados Pandur, 11 delas para o exército e cinco para a marinha.
As Pandur vão substituir as Chaimite ao serviço do exército nos últimos 40 anos, e que passaram por teatros operacionais tão distantes como a Guerra de África, Bósnia, e até como símbolo do 25 de Abril.
O custo total das 260 viaturas ascende a 344,211 milhões de euros, para além de outros 20 milhões de euros em contrato de sobressalentes.
O programa de aquisição das 260 novas viaturas Pandur, 20 das quais para a Armada, inscrito na Lei de Programação Militar, tem como finalidade "dotar o exército e a marinha de viaturas modernas, com elevada capacidade e versatilidade de emprego operacional e níveis adequados de segurança e protecção".
O lançamento do concurso, com selecção de propostas para negociação destinado à aquisição de Viaturas Blindadas de Rodas 8x8, para equipar o exército e a marinha foi anunciado em Agosto de 2003.
No entanto só a 15 de Fevereiro de 2005 o Ministério da Defesa assinou, com o grupo Steyr-Daimler-Puch, o contrato de fornecimento das novas viaturas blindadas de rodas (VBR) para o Exército e Marinha.
Em paralelo foi assinado um contrato de contrapartidas directas e indirectas, no valor de 516 milhões de euros.
O contrato prevê que a EID - Empresa de Investigação e Desenvolvimento de Electronica SA - a holding pública Empordef, produza os sistemas de comunicações, intercomunicação e de comando e controlo das VBR. (D.D/Lusa)
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