O Iraque e a luta ao Gangue do Multibanco são as grandes bandeiras. Estão preparados para várias missões. São cerca de 150 homens.
O blindado aproxima-se do edifício e do piso superior do veículo nasce uma escada que cresce para a janela. Num ápice, quatro homens armados e equipados, as fardas negras, trepam o parapeito e entram no interior do edifício.
É apenas um exercício do Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR, mas dá para ver a flexibilidade de esta força actualmente dispõe.
O comandante da unidade, o major Bola, concorda e destaca ao JN a experiência internacional adquirida, "Bósnia, Timor, o Iraque, já passámos em vários teatros de operações, enquanto força constituída".
O Iraque, no entanto, acabou por ser o cenário com maior nível de violência a que os Operações Especiais da GNR tiveram que fazer face e o facto de estarem integrados na Unidade de Intervenção (UI) acaba por dar uma mais-valia a nível da operação de equipamentos.
O GIOE, por exemplo, é a única força de operações especiais portuguesa que está preparada para operar com veículos blindados, recorrendo às mais de vinte viaturas Iveco atribuídas à UI, que é também a única força de segurança interna a dispor deste tipo de protecção.
"Tivemos essa experiência no Iraque e nunca mais a perdemos", aponta um militar. Foi assim que nasceu o blindado que em simultâneo transporta uma escada, aponta um oficial, fruto da necessidade de entrar em zonas urbanas de risco e ter acesso aos edifícios.
"Temos que ter capacidade para entrar por onde for mais fácil ou de molde a garantir sempre o factor surpresa".
Mas se o Iraque e Timor foram marcos no GIOE a nível de intervenção no exterior, a luta contra o Gangue do Multibanco - que operou nas áreas de Lisboa, Setúbal e Centro - "deu-nos uma enorme experiência na investigação e combate ao crime violento", sustenta o comandante do GIOE.
As operações tiveram, por exemplo, como novidade a implicação dos snipers em missões de reconhecimento estático. É uma missão mais comum em forças militares de operações especiais, mas a verdade é o GIOE começou também a aplicar estas técnicas.
"Os snipers podem ser também aplicados nas acções de vigilância, antes de entrarmos numa zona crítica, e têm sido também operados nesse sentido", adianta um militar. Flexível e bem equipado, incluindo já disponde snipers pesados, algo também único em forças de segurança, o GIOE prepara agora um novo salto. (JN)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.