16 de novembro de 2009

Força Aérea Portuguesa participa em exercício internacional contra a pirataria aérea

Existe um telefone vermelho que, em caso de desvio de uma avião de passageiros em espaço aéreo português, faz uma ligação directa do Comando Operacional da Força Aérea para o primeiro-ministro. Para ver como se comportam os pilotos de caça em situações deste tipo, foi feito um exercício que envolveu, pela primeira vez, além dos países da Nato, os Estados de maioria islâmica do Norte de África.

Existe um telefone vermelho em caso do desvio de uma vião de passageiros em espaço aéreo português. O telefone de crise, uma ligação directa do Comando Operacional da Força Aérea para o Primeiro Ministro porque só ele pode dar ordem para abater um avião comercial.

Mas, antes de se chegar a esta fase de crise, o que se faz é colocar no ar os caça para controlar os aviões que não comunicam e que, por isso, se tornam um perigo para o tráfego aéreo. «É assim como ter um condutor em contra-mão na auto estrada», refere o porta-voz do Estado Maior da Força Aérea, o Tenente-coronel Paulo Goçalves.

E para ver como se comportam os pilotos de caça em situações destas foi feito um exercicio que, pela primeira vez, envolveu, além dos países da Nato, os Estados de maioria islâmica do Norte de África.

O teste em que Portugal e a França serviram de "cobaia" envolveu a Líbia, a Túnisia e a Argélia e Marrocos. No caso do presumivel avião renegado de Portugal foi sobrevoada a longa costa litoral de Marrocos.

Como o território marroquino é bastante extenso, essas aeronaves foram sendo rendidas por outras aeronaves. Inicialmente dois caças F5, posteriormente mais dois caças, desta feita Mirage F1, também da Força Aérea Marroquina, e um Alpha Jet seguiu o aparelho português.

De seguida, antes de sairmos do espaço aéreo marroquino, na zona de Gibraltar fomos interceptados por mais dois caças F5 que nos escoltou até sairmos da zona marroquina.

Entrámos em águas espanholas do golfo de Cádiz, e ai fomos interceptados por um caça Eurofighter espanhol que nos seguiu à distancia. «Os espanhois mostraram um comportamento de precaução com um seguimento a 2 a 3 Km na nossa cauda, enquanto os marroquinos fizeram um acompanhamento de proximidade», sublinha Paulo Gonçalves.

Na zona de Faro em que entrámos em território nacional, o caça espanhol foi rendido por dois F16 da Força Aérea Portuguesa, que também assumiram uma escolta de proximidade.(TSF)

»»» Vídeo-Reportagem "Força Aérea Portuguesa participa em exercício contra a pirataria aérea"

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