26 de janeiro de 2010

Exercício ‘Real Thaw 2010’ já começou em Monte Real


Um diplomata das Nações Unidas é raptado e é necessário resgatá-lo. Cerca de oito aeronaves F-16 portuguesas e dinamarquesas foram chamadas a intervir na operação. Ao mesmo tempo, um Alouette descola da Covilhã para integrar a equipa de resgate.

Foi esta a missão 'desenhada' no arranque do exercício Real Thaw de 2010 (RT 10). À semelhança do sucedido em Fevereiro de 2009, a Força Aérea Portuguesa (FAP) conduz o exercício táctico, com a participação de vários países europeus e dos Estados Unidos da América (EUA), num total de cerca de 1000 militares.

O cenário do exercício é simples: há um conflito geo-político fictício numa determinada área, onde é necessária intervenção militar.

Foram 'criados' três países, cuja área corresponde ao território de Portugal. O 'país A', mais a Norte, tem um sistema político-militar, que potencia situações hostis. Uma minoria étnica vê-se forçada a migrar para o 'país B'. Esta situação provoca o aparecimento de campos de refugiados, sem condições mínimas de higiene.

As Nações Unidas, alertadas para situação, constituíram uma força militar - criada especialmente por meios aéreos - destacada para o país C. É a partir daqui que se começa a cumprir as missões.

O 'país C' é a Base Aérea de Monte Real, o "centro nevrálgico" das operações, como descreve a FAP. A partir daqui são pensados e delineadas várias missões diárias. Os objectivos do RT 10 passam por proporcionar "um ambiente operacional o mais realístico possível e típicos dos teatros de operações actuais", bem como "treino adequado aos vários participantes" e a "interoperabilidade entre Países e respectivos meios".

No exercício, participam, ao todo, seis F-16 dinamarqueses e quatro F-16 belgas. A estes juntam-se quatro F-18 vindos de Espanha. Os EUA e a Lituânia participam, no terreno, com equipas de Controladores Aéreos Avançados.
Todas as acções desenvolvem-se entre Monte Real e o aeródromo da Covilhã. Antes de cada missão é feito um briefing explicativo, onde são abordados temas como a segurança interna ou a segurança em voo.

Hoje, a missão a cumprir é substancialmente diferente. No mesmo cenário fictício, uma Organização Não Governamental (ONG) precisa de ajuda humanitária e cabe à Força Aérea lançar a carga necessária.

Militares vão para o Afeganistão

Este exercício, além da vantagem da componente de treino táctico, tem também uma grande semelhança com situações de conflito real.É esta semelhança que é testada para os militares portugueses que se vão deslocar para o Afeganistão, nos próximos meses.
Para o Tenente-coronel Paulino Honrado, director do exercício, as novidades deste ano passam pela introdução de aeronaves que não participaram em 2009, nomeadamente do C295 e do helicóptero EH101. A participação de um avião C130 depende da permanência deste no Haiti. O RT 10 prolonga-se até 4 de Fevereiro, não havendo actividade no fim-de-semana, num esforço para causar o menor transtorno possível às populações. (Diário de Leiria)

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