O reforço do contingente português no Afeganistão deverá estar "em condições de plena operacionalidade" em Março, segundo o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva.
"Há problemas, designadamente do ponto de vista do sobrevoo de certos países, que obrigam a rever rotas", referiu o governante no final de uma visita a um exercício militar na Covilhã.
Segundo referiu, "a projeção da nossa companhia de Comandos e da Equipa de Controlo Aéreo está em curso. A expectativa é que o reforço do contingente português esteja em condições de plena operacionalidade no próximo mês de Março."
"É um processo normal que dura várias semanas", salientou.
Exercício na Covilhã
O ministro falava ao lado de alguns homens da Força Aérea Portuguesa (FAP), responsáveis por controlo aéreo, que vão fazer parte do reforço de tropas portuguesas no Afeganistão, mas que por enquanto treinam no aeródromo da Covilhã.
As actividades em curso fazem parte do exercício Real Thaw 2010, que desde dia 25 e até quinta-feira mobiliza mil militares e 50 aeronaves da Força Aérea Portuguesa, da Bélgica, Espanha, Dinamarca e EUA na região Centro do país.
Santos Silva assistiu a uma missão simulada por entre actividades de extracção de não combatentes e apoio sanitário e logístico, com recurso a largada de tropas aerotransportadas, transporte táctico por helicópteros e protecção armada.
"Este é o exercício anual mais importante da FAP e permite ver a utilidade de novo equipamento, nomeadamente o novo avião C295 de transporte táctico e os novos helicópteros", destacou Santos Silva.
"É um exercício que está focado em preparar as nossas tropas para operações que podem realizar, tipicamente, operações de imposição, consolidação de paz. É para isso que trabalham as forças armadas portuguesas no quadro da segurança cooperativa", concluiu.(JN)
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