12 de março de 2010

Museu de Évora mostra que armas também podem ser Arte

Mais de uma centena de armas brancas e armaduras orientais, dos séculos XV ao XX, que ilustram as regiões da Ásia onde os portugueses marcaram presença, está em exposição no Museu de Évora a partir de sábado, numa mostra de “Rituais de Poder”.

A exposição “Rituais de Poder. Armas Orientais”, que vai estar patente ao público até 13 de Junho, dá visibilidade à colecção particular do cirurgião Jorge Caravana, residente em Évora há duas décadas.

Nesta que é a primeira vez que expõe peças da sua colecção, orientada para armas brancas e armaduras das áreas geográficas relacionadas com a Expansão Portuguesa no Oriente, Jorge Caravana quer mostrar que a armaria, além do aspecto bélico, possui riquezas artísticas e simbólicas.

Em declarações à agência Lusa, Jorge Caravana sublinhou quer «dar a conhecer às pessoas que se pode associar às armas, não só o aspecto bélico e violento que, naturalmente, comportam em si, mas também todo [um] aspecto de luxo e de apresentação e de símbolo de poder».

A iniciativa, acrescentou, pretende também transmitir a história que se “esconde” por detrás de cada peça que adquire: «Não só a que ela traz quando a compramos, mas também a que descobrimos quando a investigamos».

Esta exposição temporária, acompanhada por um extenso e aprofundado catálogo, reúne 110 peças da colecção do médico, com «excecional valor cultural e artístico, no âmbito da armaria oriental», assegura a instituição.

Índia, Ceilão, Nepal, China, Japão, Indonésia/Malásia ou Filipinas são alguns dos pontos de origem dos objectos expostos e onde os portugueses projectaram a sua presença, tendo ainda sido incluídas na mostra peças de Marrocos (África) que Jorge Caravana também possui.(Tsf)

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