28 de maio de 2011

Museu histórico-militar abre em 2012 no antigo hospital de Ponte de Lima

Um museu histórico-militar vai abrir em Ponte de Lima em 2012, ao abrigo de um protocolo hoje assinado entre a Câmara local e o Exército português.

Segundo Adelino Matos Coelho, diretor da História e Cultura Militar, ainda não está definido qual o espólio que figurará no museu de Ponte de Lima.

"Só com a elaboração do projeto é que se avaliará qual o espólio mais adequado para o espaço disponível", referiu.

O museu vai ser instalado no Paço do Marquês, um edifício que já foi hospital, escola secundária e Paços do Concelho e que desde 2003 funciona como delegação de turismo e centro de exposições.
"Em agosto, o edifício estará disponível para o início da instalação do museu", garantiu o presidente da câmara de Ponte de Lima, Victor Mendes, acrescentando que o novo equipamento significará um investimento de cerca de 400 mil euros.

Segundo o autarca, o município pretende "um museu vivo, interativo, que mostre um pouco da história militar do concelho, da região e do país".

De acordo com o protocolo hoje assinado, o Exército dará assessoria técnica e formação do pessoal e cederá o espólio, e à Câmara caberá disponibilizar o espaço e assegurar a sua gestão.

Em fevereiro, durante uma visita ao Paço do Marquês, o chefe do Estado-Maior do Exército, Pinto Ramalho, adiantou que aquele museu será dotado de peças que se podem mostrar em vitrinas, nomeadamente armas, mas também poderá mostrar filmes e exposições sobre as guerras do Ultramar e peninsulares ou sobre a Linha de Torres e os seus fortes.

"Nós temos um espólio valiosíssimo que não está exposto, que está guardado em armazéns, mas temos todo o interesse em o tornar acessível, em o mostrar", disse Pinto Ramalho.

Na altura, sublinhou que Ponte de Lima "tem pergaminhos militares", já que foi ali que, no século XIX, estiveram aquartelados dois batalhões de caçadores, um dos quais durante quase 40 anos.

Além disso, Ponte de Lima acolheu também o hospital militar de S. João de Deus, durante a guerra da restauração.

A Câmara esgrime ainda um outro argumento para acolher aquele museu, sustentado no "passado histórico de largos séculos do concelho", situado na antiga via militar Braga-Astorga.

"Em virtude da sua importância militar e política, D. Teresa mandou povoar Ponte de Lima, concedendo-lhe foral em 1125, com vários privilégios, entre os quais a proteção da feira que já então se realizava, a mais antiga de que há registo documental", acrescenta uma nota do Município.(LUSA)

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