
Lima Coelho, presidente da Associação Nacional de Sargentos acusa Cavaco Silva como chefe supremos das Forças Armadas de retirar visibilidade a este encontro: “O Comandante Supremo das Forças Armadas entendeu há dois anos criar cerimónias distintas destas, retirando alguma visibilidade a esta cerimónia. A resposta das organizações fala por si, é aqui que devem ser lembrados aqueles que tombaram, independentemente de outro tipo de cerimónias que se façam pelo país”.
Apesar de as cerimonias serem importantes, o presidente da Associação Nacional de Sargentos refere que mais ainda é o respeito que os militares merecem: “Continuamos a considerar que não é uma cerimónia anual, seja onde for, que honra aqueles que noutras circunstâncias continuam à espera que se faça justiça. Continuamos a pugnar para que seja feita justiça no reconhecimento das pensões, do direito à saúde, no reconhecimento daqueles que há anos tombaram e dos que espera soluções e continuam a não as ter.”
Com o novo Governo a chegar, Lima Coelho lembra a lei de 2002 pela qual Paulo Portas se bateu mas que nunca teve os efeitos desejados. Para muitos o complemento de reforma não é mais que uma esmola, “é curioso que ainda há uns dias camaradas nossos, membros da nossa associação e ex-combatentes nos vieram dizer que continuam à espera que se cumpram as leis que foram produzidas em 2002 e 2004. Pode ser que agora alguém tenha um rebate de consciência e se lembre que o respeito passa exactamente pelo cumprimento das promessas”, considera Lima Coelho.
As cerimónias hoje em Belém decorreram hoje pelo 18º ano consecutivo. (RR)
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