15 de julho de 2011

Exército e Universidade de Vila Real colaboram no Observatório dos Conflitos Armados

O Exército e a Universidade de Vila Real formalizaram hoje um protocolo que vai ajudar a consolidar o Observatório dos Conflitos Armados, que tem como objetivo estudar e antever as causas que estão na origem de guerras.

O protocolo foi assinado no Regimento de Infantaria 13 (RI13), em Vila Real, pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general José Luís Pinto Ramalho, e o reitor da universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Carlos Sequeira, e vem formalizar uma colaboração que tem sido desenvolvida entre as duas instituições.

Carlos Sequeira frisou que este convénio “vai intervir e ajudar a consolidar” o Observatório de Conflitos Armados, que está instalado na Escola de Ciências Humanas e Sociais e “está a dar os primeiros passos”.

“Este observatório preocupa-se em quantificar ou tentar determinar quais as componentes que intervêm nos conflitos armados. Tudo pode contribuir para o surgimento de conflitos”, sublinhou.
Nomeadamente, adiantou, as guerras ou discórdias podem resultar de motivos sociais, religiosos, políticos, económicas, ambientais, disputa por recursos ou questões alimentares.

“E é no sentido de prever, antever, classificar e inclusivamente ter uma intervenção para tentar sanar que estamos a trabalhar”, salientou.

Ainda segundo o responsável, no próximo ano lectivo avança uma pós-graduação em jornalismo de guerra, que vai juntar recursos da UTAD e da Academia Militar, aproveitando a experiência do Exército e o curso de Ciências da Comunicação que é ministrado na academia transmontana.

No âmbito do protocolo, as duas instituições comprometem-se a colaborar reciprocamente através da implementação de programas de cooperação ao nível da docência nos aspetos científicos, pedagógicos e de investigação, na realização de exercícios mútuos de atividades docentes e discentes, bem como na realização de ações formativas de interesse conjunto.

Para o chefe do Estado-Maior do Exército, o objetivo é por em contacto “experiências diversificadas “ para “obter maior conhecimento e perceção dos acontecimentos”.

Esta iniciativa permite ainda, segundo Pinto Ramalho, “trazer cada vez mais junto da sociedade civil o conhecimento daquilo que é o Exército, como instituição moderna, internacional, que responde aos desafios da atualidade e quer estar presente nos grandes acontecimentos”.

O reitor enumerou outras ações que já foram desenvolvidas entre a academia transmontana e o Exército, nomeadamente através do RI13.

A UTAD ajudou ainda a instalar a biblioteca e, segundo o reitor, a Escola de Engenharias da academia transmontana e os militares desenvolveram trabalho sobre os veículos blindados Pandur, nomeadamente a nível do “software”.

O RI13 foi a primeira unidade do Exército a receber em 2008 as viaturas blindadas Pandur II (8x8), destinadas a substituir as velhas chaimite das Forças Armadas.(C.M)

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