8 de agosto de 2011

Bombeiros Profissionais concordam com ajuda da Força Aérea no combate aos fogos

A Associação de Bombeiros Profissionais concorda que os meios da Força Aérea sejam utilizados no combate aos incêndios, mas critica a proposta de extinção da Empresa de Meios Aéreos (EMA), como defende um estudo pedido pelo Governo.

A reacção ao estudo encomendado pelo ministério da Defesa à Força Aérea Portuguesa foi dada hoje por Fernando Curto, presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP), à saída de uma reunião com o ministro da Administração Interna e com o secretário de Estado da tutela, Filipe Lobo d'Ávila. "Desde 2005 que a ANBP tem um projecto nesse sentido e temos vindo a defender que deveria haver um aproveitamento dos meios do Estado, através das Forças Armadas, que permitisse rentabilizar os meios", afirmou.

Contudo, Fernando Curto discorda da extinção da EMA, "porque mesmo com os meios áreos da Força Aérea ao dispor dos bombeiros, pode haver necessidade de se recorrer aos meios privados", lembrando as "catástrofes" dos incêndios florestais em 2003 e 2005. "Podemos pensar num redimensionamento da EMA para ser utilizada pora um fim específico, pontual", acrescentou. Assim, para o presidente da ANBP, "a organização através da protecção civil dos meios aéreos das Forças Armadas, com devida adaptação desses equipamentos trarão uma mais-valia ao país e vêm reforçar o dispositivo e trazer uma maior vantagem e operacionalidade".

A Força Aérea está em condições de assumir o combate aéreo dos incêndios a partir de 2012, confirmou hoje à Lusa fonte do ministério da Defesa, referindo um estudo desta ramo militar pedido pelo Governo. "O ministério da Defesa Nacional solicitou o estudo à FAP [Força Aérea Portuguesa] e esse estudo já foi entregue, tendo como conclusão principal estar a FAP em condições de assumir o combate os incêndios a partir de 2012", confirmou fonte do ministério de Aguiar Branco. A notícia foi hoje avançada pela TSF, que explica que a medida está a ser ponderada por representar um corte nos custos. Também o ministério da Administração Interna, que tutela a matéria, confirmou estar a estudar a possibilidade, mas não adiantou que redução de custos está em causa.

No entanto, fonte do MAI lembrou que o ministro Miguel Macedo, ouvido no Parlamento dia 26 de julho, já tinha referido que o assunto estava a ser estudado. Segundo a TSF, caso a Força Aérea assuma o combate dos incêndios, será preciso extinguir a EMA - Empresa de Meios Aéreos, sendo que os meios desta empresa pública -- incluindo avionetas e helicópteros - passariam para a tutela da FAP. (DN)

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