O Ministério da defesa da Rússia renuncia à aquisição de novos lotes da submetralhadora AK-74, - conhecida por “Kalachnikov”, - pois as suas reservas já são demasiado grandes. O chefe do Estado-Maior Nikolai Makarov revelou que as reservas de que o Estado dispõe superam dezenas de vezes o necessário.
De acordo com as estimativas dos peritos, nos depósitos militares da Rússia estão acumuladas,desde a época soviética, milhões de unidades."A metralhadora AK-74 pode servir uns 15 – 20 anos, desde que tenha a manutenção necessária. No entanto, em vista do programa de modernização das forças armadas, os militares estão interessados em obter um modelo mais moderno de metralhadora, cuja produção será organizada proximamente na empresa “Ijmach”, a principal produtora da submetralhadora “Kalachnikov”. Fala Igor Korotchenko, redactor – chefe da revista “Defesa Nacional”.
O Ministério da defesa Russo apresenta exigências mais altas nas características técnico-tácticas dos novos modelos. É evidente que a indústria elabora novos modelos de armas ligeiras automáticas precisamente no quadro desta política.
"O modelo AK-74 já foi modernizado", - afirma o vice – presidente da Academia de problemas geopolíticos Konstantin Sivkov.
Este modelo prevê a utilização de mira óptica e da mira nocturna, o que permite elevar em 50 – 100% a precisão da pontaria e aumentar em 500 metros o alcance do tiro. A metralhadora da série “200” corresponde perfeitamente aos modelos básicos, adoptados pelos exércitos dos EUA e da Alemanha. Actualmente na empresa “Ijmach” está sendo elaborada uma metralhadora nova que deve substituir a lendária metralhadora “Kalachnikov”, e irá superá-la quanto ao poder do fogo e precisão da pontaria.
Anteriormente, quando se resolvia a questão de escolha de uma metralhadora nova para o exército soviético, a lendária metralhadora do projectista de armas Mikhail Kalachnikov, venceu os seus concorrentes graças à sua fiabilidade e simplicidade no uso. Foi por isso que ela foi adoptada pelas forças armadas de dezenas de países, - afirma Konstantin Sivkov.
A metralhadora americana M-16 destaca-se pela elevada cultura da produção, mas ele falha nas condições difíceis, por exemplo, numa região arenosa, enquanto que a metralhadora “Kalachnikov” funciona em quaisquer condições, mesmo depois de estar na água, na areia ou em qualquer outro meio. O tiro de pontaria com a mira ótica utiliza-se raramente no combate a curta distância, especialmente nos ambientes confinados. Neste caso, o que importa não a é precisão mas, sim, o fogo cerrado e a fiabilidade da arma.
O consórcio “Ijmach” já deu início à elaboração de uma nova arma e espera apresentá-la aos militares até o fim do ano em curso. Os projetistas afirmam que a nova metralhadora poderá competir com os melhores análogos de armas ligeiras no mundo. (J.R)
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