15 de setembro de 2011

Mais equipamento para as Forças Armadas em reavaliação

O ministro da Defesa Nacional, Aguiar-Branco, disse hoje que as aquisições e prioridades militares estão a ser reavaliadas, e serão conhecidas na discussão do Orçamento de Estado para o próximo ano.

Questionado sobre o contrato das viaturas blindadas Pandur, o ministro afirmou que "o processo está em análise jurídica", bem como "outras aquisições para as Forças Armadas", à margem do exercício de prontidão do terceiro contingente de militares portugueses que este mês parte para o Afeganistão. O titular da pasta da Defesa reforçou que "tudo tem um processo de análise, entre o Governo e as chefias militares", sendo "necessário encontrar um equilíbrio dentro da quadratura difícil que o pais atravessa".

O "contrato com as Pandur está em vigor, e em breve haverá uma decisão da relação contratual", disse, garantindo apenas "a gestão correcta dos dinheiros públicos". Aguiar-Branco escusou-se a referir que cortes específicos, e em que armas serão reduzidas as verbas, repetindo que "no orçamento de Estado é que se fazem opções, e é onde se sabem as verbas que são afectas", para cumprir missões das Forças Armadas. O ministro comentou que podem ser "aviões, carros ou motorizadas, todos os processos estão em avaliação", e a "comunicação do Governo não é a que a comunicação social acha" que deve ser, "nunca houve data para dar a informação, porque vai coincidir com a discussão do Orçamento do Estado".

O ministro explicou que "alguns processos de decisão também ultrapassam o próprio Governo", e que na "hora certa e no momento certo, serão comunicadas as opções" para a Defesa Nacional. Aguiar Branco escusou-se ainda a responder a perguntas dos jornalistas sobre o hospital das Forças Armadas, aquisição dos helicópteros para o Exército "NH-90", e a redução de efectivos previsto no memorando de entendimento da 'troika'. O ministro, convidado a comentar as palavras do autarca de Faro do PSD, Macário Correia, que durante uma entrevista à Rádio Renascença classificou a estrutura militar como "altamente cara e despesista", disse primeiro "não comentar e que respeita muito" o autarca.

Aguiar-Branco respondeu depois que o presidente da Câmara de Faro "não tem conhecimento da actividade em exercício das Forças Armadas portuguesas, e que essa afirmação deve ser feita por alguém que conhece muito de autarquia mas desconhece as forças armadas". O ministro da Defesa assistiu esta manhã ao exercício de prontidão e capacidade da força "Kabul 112", do terceiro contingente de militares portugueses que vão integrar a missão da NATO no Afeganistão. (DN)

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