12 de outubro de 2011

As novas asas da base aérea da Ota

As paisagens calmas, tranquilizantes, pintadas de verde, na Ota, servem de pano de fundo à base aérea. Um centro da pequena localidade que entrou no mapa muito por culpa da mediatização provocada pelos avanços e recuos da construção no novo aeroporto.

A BOLA foi visitar o Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea Portuguesa (CFMTFA), uma base que começou por ser criada em 1937, mas que a partir de 1960 sofreu uma transformação radical: de base operacional passou a base de instrução. Daqui saem hoje cerca de 80 por cento dos militares da força aérea.

A base tem capacidade para 1750 militares. A camaradagem, aqui, rapidamente se percebe que não se trata de uma palavra solta. Actualmente são ministrados 30 cursos. A recepção da Comunicação Social é vista com alguma estranheza e obriga a regras instituídas na formação militar: o menos graduado avança com a continência, cumprimento militar.

A BOLA visitou o centro num dia especial: todos estavam com o traje de cerimónia. Era um dia diferente. Todos aguardavam a chegada do novo comandante. Jorge Santos estava preparado para cumprir aquela que sublinhou ser a sua «missão mais honrosa. Aquela que acontece uma vez na vida».

Ninguém faltou à chamada. A cerimónia militar iniciou-se com a apresentação das Forças em Parada. Os generais sentam-se numa tribuna que os identificam dos restantes. O ponto alto da festa dá-se com o Hino nacional durante a integração do Estandarte Nacional na Formatura. Depois todos escutaram atentamente as palavras de despedida de Henrique Ferreira Lopes e as de entrada de Jorge Santos. Não houve direito a palmas. Olhar fixo, todos em sentido, sempre sob as regras militares.

O forte calor que se fez sentir ia causando algumas baixas: dois militares sentiram-se mal e foram prontamente e retiraram-se acompanhados do corpo médico. «Uma situação normal», diz um alfere que, também ele, outrora, esteve nas mesmas condições.

A exigência é grande, a responsabilidade também, mas todos na base da Ota dizem valer a pena o esforço. Os tempos são outros, mas a Ota diz estar preparada para o futuro complicado que se aproxima. Agora com um novo comandante pronto para dar novas asas a alunos que esperam um dia voar no céu de Portugal. (A Bola)

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