4 de novembro de 2011

Inauguração do radar de defesa aérea "estará para breve"

A inauguração do radar de defesa aérea, instalado no Pico do Areeiro, Madeira, "estará para breve", revelou esta quinta-feira o adjunto para as operações aéreas no Comando Operacional da Madeira (COM), adiantando que se está "a ultimar a fase de testes".

"O equipamento está praticamente pronto a nível de todos os testes que são necessários fazer para se constituir como mais um sensor de apoio à imagem que nós temos para defesa aérea nacional", disse aos jornalistas o tenente-coronel da Força Aérea Portuguesa (FAP), Lopes Marques.

O responsável lembrou que a defesa do espaço aéreo português, da responsabilidade da FAP, é constituída por três sensores no terreno localizados no Continente - Paços de Ferreira, Montejunto e Foia (Algarve) -, estando previsto, depois da Madeira, um radar nos Açores.

"Naturalmente, o espaço aéreo da Madeira ficaria também sob essa supervisão, com essa capacidade de termos uma imagem real e em tempo real do que se passa no espaço aéreo português nesta parte da Madeira", explicou o responsável.

Referindo que "estando o equipamento numa fase praticamente final", pretende-se que seja "passível de, rapidamente, o Comando de Defesa Aérea", instalado em Monsanto, Lisboa, "ter também este equipamento para de, alguma maneira, garantir a soberania nacional no espaço aéreo português, nesta parte do espaço aéreo da Madeira".

Em Fevereiro último, numa deslocação à Madeira, o então ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, adiantou que o radar entraria em operação, em pleno, ainda este ano.

O responsável rejeitou que a entrada em funcionamento do radar - designada por estação radar n.º 4 - seja "protelada por contingências orçamentais".

"Este é um projecto de há longa data e é expetável que a defesa aérea consiga ter rapidamente mais este elemento para poder também exercer a vigilância do espaço aéreo nacional", afirmou.


Lopes Marques declarou-se convencido de que "não serão os factores orçamentais que irão impedir que este sensor entre em funcionamento, complementando toda a capacidade e aumentando a capacidade da defesa aérea nacional".

Sem adiantar uma data concreta, o adjunto para as operações aéreas do COM insistiu que a inauguração será "dentro de um prazo relativamente curto".

Sustentando que "a Força Aérea tem interesse em saber tudo o que se passa no espaço aéreo nacional" e "garantir a soberania e a segurança dos cidadãos", o responsável realçou a importância do equipamento.

"É importante que qualquer movimento aéreo que seja autorizado ou não autorizado seja do conhecimento dos vigilantes do espaço aéreo", acrescentou.(DN)

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