4 de novembro de 2011

Militares da Coreia do Sul visitaram ontem a BA11

Quase 4 meses depois, nova embaixada da Força Aérea da Coreia do Sul visitou ontem de novo a Base Aérea N.º 11. Além das instalações militares os coreanos visitaram o Bairro Residencial, com particular interessa no Alojamento de Oficiais em Trânsito. A Força Aérea Portuguesa confirma a visita, mas, no âmbito da “cooperação e formação”.

Depois da visita feita em 11 de Julho, uma embaixada de militares da Coreia do Sul, regressou ontem a Beja e à Base Aérea N.º11. A Força Aérea coreana reforça o interesse em ser o próximo “ocupante da BA 11.

Um grupo de militares da Força Aérea da Correia do Sul regressou ontem a Beja, para visitar as instalações da Base Aérea N.º11, com o objectivo de tomar uma decisão sobre a instalação de duas esquadras no seu interior. Os coreanos já tinham estado na BA 11 no passado dia 11 de Julho, onde só visitaram as instalações operacionais, nomeadamente, o hangar conhecido como “célula”.

Acompanhados dos seus homólogos da Força Aérea Portuguesa (FAP), a delegação militar da Coreia do Sul (foto de cima e do meio), desta vez visitou também as instalações do Bairro Residência da Força Aérea, no perímetro urbano de Beja, com particular interesse no Alojamento de Oficiais em Trânsito (foto de baixo), vulgarmente conhecido como “Torre”, edifício destinado à instalação dos seus militares

Esta segunda visita reforça a intenção e uma possível decisão final do Governo sul-coreano, instalar, de forma permanente, as suas forças na Europa, e o primeiro objectivo foi Talavera la Real, na Província espanhola de Badajoz, acordo fracassado com o Governo de “nuestros hermanos”.

Colocada de lado a hipótese Talavera, o “objectivo” dos coreanos virou-se para Portugal e para Beja e para a BA 11, “face à dimensão e disponibilidade de instalações na base alentejana”. Além de um “espaço aéreo sem tráfego e céu aberto, excelente clima, sem vento”, são outros cenários que os sul-coreanos consideram como “muito cativantes”.

Para definir a capacidade operacional da unidade alentejana, uma fonte militar da BA 11 disse à nossa estação que a Força Aérea “podia fechar todas as bases e colocar tudo em Beja”, local onde segundo a mesma fonte, “há dezenas de edifícios abandonados e sem qualquer utilização desde os tempos dos alemães”, disse o nosso interlocutor.

Em termos operacionais na BA 11 voam aviões Alpha-Jet da Esquadra 103-“Caracóis”, para além dos P-3C CUP+, que saem em missões de patrulhamento e pertencentes à Esquadra 601-”Lobos” e os helicópteros Alouette III, da Esquadra 552- “Zangões”

Contactado pela Voz da Planície, o major Paulo Mineiro, das Relações Públicas da FAP, confirmou a visita dos militares sul-coreanos, baseado “num programa de cooperação e formação”, estando os asiáticos “a avaliarem o que podem vir a fazer”, sustentando o oficial que todo o processo “se mantém em aberto”. Sem confirmar que os contactos podem desembocar “numa futura presença permanente em Beja”, o major Mineiro justificou que este programa é da alçada da Direcção-geral de Política de Defesa Nacional.

A Força Aérea Portuguesa tem acordos de cooperação com o Estados Unidos da América (EUA), Brasil e países do Magreb, enquanto que a Coreia do Sul, tem nos EUA, o seu maior aliado que há muitos anos mantém uma forte presença na Base das Lajes (Açores), pelo que não é de descartar a vinda dos coreanos para a Base de Beja.

Resta saber se o possível aumento da operacional da Base Aérea 11, podem estar a ser um entrave à certificação das suas pistas para utilização civil, por parte do aeroporto de Beja, um processo com tem largos anos e cujo fim, já foi anunciado como estando para acontecer durante o primeiro trimestre de 2012. A infraestrutura aeroportuária alentejana só recebe “voos pontuais” depois de autorizados pelo INAC e a Força Aérea. (Voz da Planície)

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