10 de novembro de 2011

INEM é a instituição em que os portugueses mais confiam

Os portugueses demonstram um elevado nível de confiança nas instituições de emergência e socorro e proteção civil, com os bombeiros, INEM e Cruz Vermelha a liderarem a lista, segundo um estudo da Universidade de Coimbra.

Os portugueses demonstram um elevado nível de confiança nas instituições de emergência e socorro e proteção civil, com os bombeiros, INEM e Cruz Vermelha a liderarem a lista, segundo um estudo da Universidade de Coimbra.

Numa escala de 1 a 5, todas as instituições ultrapassam o nível médio de confiança da população portuguesa, com destaque para os bombeiros (4,19), Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) (4,11) e Cruz Vermelha (3,96), refere o estudo efectuado pelo Observatório do Risco do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, a que a Lusa teve acesso.

Segundo o estudo realizado no âmbito de um projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, as forças policiais, GNR e PSP, surgem logo a seguir (3,66), seguidas da proteção civil (3,65) e das autoridades locais, juntas de freguesia (3,32) e câmaras municipais (3,22).

Segundo o mesmo documento, a população portuguesa demonstra ter conhecimento dos avisos meteorológicos e dos alertas da proteção civil, "dois indicadores sólidos de uma preocupação geral quanto aos perigos e às suas consequências".

Alertas do IM e da Protecção Civil



Os resultados da investigação mostram igualmente que 69.6% dos inquiridos conhecem os avisos do Instituto de Meteorologia, 40.5% consultam os alertas da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e apenas 20.1% têm conhecimento dos alertas do Serviço Municipal de Protecção Civil.

Entre os que garantem conhecer os avisos meteorológicos e os alertas da proteção civil, 63,4% ativam estratégias de autoproteção após os alertas da ANPC e 50% fazem-no para os avisos do IM.

"Os mais jovens, os com maior nível de instrução e os que habitam em habitações com melhores condições são os que declaram maiores níveis de conhecimento dos alertas", refere o documento.

Como resposta a eventuais situações de emergência, a maioria dos portugueses tem em casa um estojo de primeiros socorros, 65,8 por
cento, enquanto que 41,4% admitem ter comida de reserva e 35,2% água de reserva em casa.

87,6% dos portugueses conhecem 112



Relativamente às medidas preventivas adotadas para enfrentar uma situação de emergência, 87,6% dos portugueses revelam ter conhecimento telefone nacional de emergência, 63,9% têm conhecimento do telefone dos bombeiros e 58,6% sabem qual é o número de telefone das forças policiais.

Pelo contrário, apenas 19,3% conhecem o telefone da polícia municipal, 9,4% admitem ter um curso de socorrismo e 8,2% estabeleceram um ponto de encontro da família no caso de ocorrer uma catástrofe.

O mesmo estudo indica que 14,4% dos inquiridos, 180 pessoas, já foram afetadas por acontecimentos extremos que causaram danos ou perdas.

Entre estes 180 indivíduos, 24,3% (44 pessoas) apontaram as cheias e inundações como o acidente que mais as afetou, seguindo-se os acidentes de viação, com 22,3% (40), as tempestades, trovoadas e chuvas intensas, com 18,1% (33) e os incêndios florestais, com 11% (20).

Mais de metade das pessoas garantiu não ter recebido qualquer tipo de ajuda após os acidentes, 66%, mas dos 23,4% que garantem ter sido ajudados, 63% apontam os bombeiros como o recurso mais fiel, seguidos dos vizinhos (47,4%).

Numa escala de 1 a 5, a maioria dos inquiridos entende que as entidades competentes devem impedir as pessoas de construírem habitações em sítios perigosos mesmo que os terrenos sejam delas (4,20) e que cabe ao Estado tomar medidas preventivas das catástrofes, ainda que isso implique um aumento dos impostos (3,22).

Este inquérito foi realizado entre setembro e outubro de 2008 num universo de 1.200 inquiridos e apresenta uma margem de erro de três por cento. (Expresso)

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