As caves manuelinas do Museu Militar de Lisboa foram o palco, esta segunda-feira, da apresentação do terceiro volume do livro «O Exército Português e as Comemorações dos 200 anos da Guerra Peninsular».
Um livro publicado com o propósito de preservar a memória de uma das batalhas mais importantes da história do nosso País, como realçou o Chefe do Estado-Maior do Exército, general José Luís Pinto Ramalho.
«Durante vários anos a guerra peninsular ameaçou a nossa independência durante um período difícil da nossa história. Esta obra representa o modo como o Exército, por sua iniciativa, dinamizou e recordou em todo o País, acontecimentos notáveis, reafirmando os valores históricos indispensáveis à identidade nacional, prestando o reconhecimento público aos heróis e ao povo anónimo e lembrando o sentido da liberdade a que, com frequência, só se dá valor quando se perde», afirmou.
Para o general José Luís Pinto Ramalho, Portugal conseguiu, com poucos recursos humanos e financeiros, resistir, em três ocasiões, aos intentos da França do Napoleão Bonaparte.
«É extraordinário que Portugal, vivendo condições tão difíceis, tenha conseguido organizar uma força militar tão significativa, a maior da sua história e que, por três vezes, tenha sido capaz de fazer recuar os exércitos napoleónicos e constituir-se um aliado fundamental para os britânicos e tendo, ainda, contribuído decisivamente para a viragem estratégica nas campanhas de expulsão dos franceses da Península Ibérica», recordou.
Estiveram, ainda, na apresentação do livro o presidente da Comissão Coordenadora do Exército para as Comemorações dos 200 anos da Guerra Peninsular, Tenente-General Carlos Manuel Ferreira e Costa e o major-general Adelino de Matos Coelho.
Exposição Guerra Peninsular – 200 anos
A visita culminou com a visita à exposição «Guerra Peninsular – 200 anos», que apresenta um conjunto notável de peças relacionadas com as forças armadas nacionais. Armas de guerras – carabinas francesas e inglesas e o sabre-baioneta -, uniformes das forças nacionais e réplicas de uma tenda de campanha.
Uma exposição que evoca ainda as memórias de militares e civis sobre um dos marcos mais importantes da nossa história.
Guerra Peninsular
A Guerra Peninsular, pela sua importância política, militar, económica e social, é, 200 anos depois, um dos marcos mais importantes da nossa história.
Tudo começou a 21 de Novembro de 1806, quando o Napoleão Bonaparte impôs o bloqueio continental, que proibia a entrada de navios ingleses em território nacional, medida que colocou em causa a aliança e a dependência económica de Portugal face a Inglaterra.
Perante as hesitações de D. João VI, França e Itália assinaram, a 27 de Novembro de 1807, o Tratado de Fontainebleau, que ordenava a divisão do reino de Portugal entre Espanha e França. Pouco depois, o general Junot,acompanhado de 25 mil homens, invadiu Castelo Branco. (A Bola)
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