“O país tem de saber se quer um Exército ou não quer um Exército, de forma mais ampla, se quer Forças Armadas ou não quer”, afirmou Luís Pinto Ramalho.
O CEME falava aos jornalistas à margem de uma sessão de apresentação de um livro sobre a Guerra Peninsular, no Museu Militar, a poucos dias de abandonar o cargo e após cinco anos de mandato.
Questionado sobre a actual situação do país e sobre as medidas de racionalização que se perspectivam também na Defesa Nacional, o ainda CEME assinalou que “as Forças Armadas têm características próprias, têm um sentido nacional, têm uma organização que é conhecida”.
“O Exército não é um amontoado de unidades de Infantaria ou de tipo Infantaria, de atiradores, isso é uma noção ultrapassada, anti-económica e sobretudo uma atitude de auto-exclusão em relação às expectativas até da comunidade internacional em relação a cada um dos seus parceiros”, disse.
Pinto Ramalho acrescentou que o ramo que lidera “é uma organização harmónica, onde existem unidades de manobra, unidades de apoio de fogos, de apoio de combate e de apoio de serviço, e capacidades especiais”.
Na opinião do chefe militar não se fazem reformas “para cortar capacidades, para reduzir possibilidades e, sobretudo, até, para tornar menor um Exército que conta em termos internacionais”.
“Só há uma forma de fazer reformas, as reformas são sempre para se fazer melhor, para se ter melhor produto final, para melhorar as instituições”, reforçou, advertindo para a forma como se vai reestruturar o sector da Defesa.
O CEME alertou também para as responsabilidades nacionais e internacionais de Portugal em termos militares, “responsabilidades a que tem de dar resposta”. (Público)
12 de dezembro de 2011
Não se fazem reformas “para cortar capacidades” ou “reduzir possibilidades”. diz o CEME
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