O Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou em Bruxelas que é «fundamental manter os compromissos» assumidos pelo País, ao nível das organizações internacionais, até por uma questão de «prestígio».
Aguiar-Branco falava no final do Conselho de Ministros da Defesa europeus, a propósito da continuidade da missão dos militares portugueses na operação na Somália, no âmbito da União Europeia, durante o próximo ano.
«Temos que discutir o Orçamento de Estado para 2013», explica o Ministro da Defesa, acrescentando, porém, que o empenho das Forças Nacionais Destacadas no exterior, constitui «um objetivo que o Governo tende sempre a prosseguir».
Recorde-se que, a 27 de fevereiro, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia decidiram prolongar por dois anos, até dezembro de 2014, a operação Atalanta, destinada ao combate à pirataria no Oceano Índico e à proteção das embarcações que navegam ao largo do Corno de África, designadamente, as que encaminham ajuda alimentar para a Somália. A decisão foi justificada com o êxito obtido pela missão desde o seu lançamento, em 2008.
Portugal assumiu, em abril do ano passado, o comando desta missão militar naval, com a fragata Vasco da Gama. A 24 de novembro, o Conselho Superior de Defesa Nacional aprovou uma nova participação de Portugal, empenhando para o efeito a fragata Corte-Real e mais de 200 militares, alguns deles destinados a dar formação às forças somalis.
Este navio, que saiu de Lisboa a 12 de março, irá integrar a missão Atalanta a partir do dia 26 de março, por um período de dois meses. Comporta 196 militares a bordo e inclui um destacamento de helicópteros e duas equipas de fuzileiros do pelotão de abordagem. (MDN)
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