10 de março de 2012

Trabalhadores dos Estabelecimentos Fabris das Forças Armadas alerta que há navios da Marinha que não estão a ter manutenção necessária

Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos Fabris das Forças Armadas advertiu nesta sexta-feira que o Arsenal do Alfeite não faz a manutenção dos navios da Marinha há vários meses e que a modernização prometida aos estaleiros nunca foi feita.

“O Arsenal foi privatizado com estes pressupostos, quer a manutenção do trabalho com a frota da Marinha Portuguesa, quer a modernização do estaleiro, então, se ao mesmo tempo não há modernização nenhuma e também não está a ir para lá o trabalho da Marinha, isso é equivalente a estar-se a puxar os dois pés ao mesmo tempo ao Arsenal e é o equivalente a mandá-lo ao chão”, afirmou o Alexandre Plácido, coordenador do STEFFA.

O dirigente sindical falava aos jornalistas no Ministério da Defesa, após uma reunião com o director-geral de Pessoal e Recrutamento Militar, Alberto Coelho, e os assessores do secretário de Estado da Defesa para discutir a situação no Arsenal do Alfeite e dos Estabelecimentos Fabris do Exército.

Plácido referiu que a modernização dos estaleiros “tinha sido prometida e era um dos pressupostos da empresarialização” feita em 2009.

O responsável adiantou que na reunião foi comunicado pelo Ministério da Defesa que o envio de duzentos trabalhadores do Alfeite para a mobilidade que tem sido noticiado “para já não está previsto”.

“Seria preciso um plano de manutenção que enviasse de facto as embarcações, que até já estão a ter necessidade dessa manutenção, para o Arsenal do Alfeite”, defendeu.

Já Rogério Caeiro, dirigente sindical e trabalhador do Arsenal do Alfeite, disse que a Marinha abandonou a prática de fazer uma revisão anual a uma das suas fragatas.

Todos os anos fazíamos uma grande revisão a uma fragata da classe Vasco da Gama, portanto, temos três fragatas dessa classe, todos os anos entrava uma em grande revisão. A questão que se põe aqui é, ou estávamos a fazer revisões a mais nos anos anteriores a 2009, ou estaremos a fazer revisões a menos de 2009 a esta parte”, disse Rogério Caeiro. (Público)

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