O Governo prevê gastar em 2012 cerca de 6,1 milhões de euros com o programa de Cooperação Técnico-Militar com os PALOP, anunciou hoje o secretário de Estado da Defesa, Paulo Braga Lino.
O secretário de Estado, que foi hoje ouvido na comissão parlamentar de Defesa, salientou "o consenso que existe" em relação aos programas de cooperação técnico-militar com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa apesar das "dificuldades orçamentais".
Os deputados questionaram Paulo Braga Lino sobre a situação da cooperação com a Guiné-Bissau, que viveu um golpe de Estado no passado dia 12, com o deputado do PS Marcos Perestrello a perguntar "qual a utilidade da permanência" de meios portugueses na Guiné.
"Pelo que percebi a manutenção da suspensão do programa [em janeiro de 2011] não corresponde a uma retração de meios", afirmou.
Paulo Braga Lino respondeu que "houve alguma retração de meios" ao nível na cooperação técnico-militar e defendeu a relevância da permanência de uma presença "minimalista".
A deputada do BE Mariana Aiveca questionou o investimento português na cooperação técnico-militar com Angola, país que "tem feito avultados investimentos em Portugal" e adiantou que o BE fará propostas no âmbito do próximo Orçamento do Estado para "haver uma reponderação".
Em 2011 foram orçamentados 1,4 milhões de euros (e executado 72 por cento) e para 2012 estão orçamentados 1,6 milhões de euros na cooperação com Angola.
O programa com Angola vai até 2014 e prevê a formação de 36 bolseiros e 28 assessores militares, entre outras parcerias.
O secretário de Estado destacou o programa com Moçambique, "o que tem maior número de projetos, 13 nas áreas da formação da Marinha e Força Aérea, entre outros, num investimento previsto de 1,5 milhões de euros em 2012.
Pelo Ministério da Defesa Nacional e ao longo de 20 anos já foram investidos 85 milhões de euros em programas de cooperação técnico militar, adiantou. (IOL)
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