14 de maio de 2012

Marinha está "a cumprir os mínimos"

O chefe do Estado-maior da Armada afirmou hoje que a Marinha está a fazer menos exercícios no mar, por razões orçamentais, mas está a "cumprir os mínimos indispensáveis" e apta a "fazer serviços máximos" se necessário.

Por sua vez, o ministro da Defesa considerou que não faz sentido criar um "clima de alarmismo" sobre a situação das Forças Armadas" e declarou que "os portugueses podem estar tranquilos que as Forças Armadas estarão em condições, e a Marinha em particular, de responder, se necessário".

O almirante José Saldanha Lopes e o ministro José Pedro Aguiar-Branco fizeram estas declarações na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, que recebeu hoje a visita do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Antes, questionado pela comunicação social, Pedro Passos Coelho tinha assegurado que "as missões das Forças Armadas e da Marinha portuguesa não estão em causa", remetendo esclarecimentos detalhados para o chefe do Estado-maior da Armada e para o ministro da Defesa.

José Saldanha Lopes afirmou então aos jornalistas que está a ser cumprido o compromisso que assumiu com a tutela de que "a Marinha, com o orçamento que tinha, ia cumprir os mínimos indispensáveis para poder manter a sua prontidão e para poder continuar a ter o mínimo de certificação e qualificação em todas as suas áreas".

Saldanha Lopes acrescentou que a situação atual "obriga a menos exercícios no mar", mas que "os mínimos estão assegurados" por parte da Marinha.

Questionado se a Marinha está em "serviços mínimos", o chefe do Estado-maior da Armada negou: "Não é bem serviços mínimos, porque também podemos fazer serviços máximos, quando forem requeridos".

O almirante apontou como exemplo a resposta dada no caso da "Operação Manatim", no golfo da Guiné: "A prontidão era de 48 horas e os navios saíram em 36 horas. Isto mostra bem a capacidade que existe na Marinha".

No mesmo sentido do que tinha afirmado o primeiro-ministro, Aguiar-Branco assegurou que "as missões essenciais feitas pelas Forças Armadas em geral e pela Marinha em particular estão asseguradas".

"É evidente que há prioridades, há opções que são tomadas, mas sem pôr em causa a essência do que tem de ser feito, precisamente para salvaguardar operações que tenham de ser feitas no futuro", reforçou. (DN)

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