7 de junho de 2012

"Cenário de guerra" no Parque Eduardo VII

Ser militar por um dia. Sem ser necessário um período de recrutamento. Para tal basta uma deslocação ao centro de Lisboa, Parque Eduardo VII, onde estão expostos alguns dos principais meios militares das Forças Armadas.

Numa iniciativa integrada nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, as Forças Armadas Portuguesas promoveram, desde esta quinta-feira e até domingo, uma ação que visa, sobretudo, dar a conhecer as suas capacidades e missões, através do contacto direto com dezenas de militares.

O espaço, aberto a todo o público, das 10 às 23 horas, tem acesso a muitas atividades militares. Desde estar sentado num cokpit de um F16, passando por uma lancha rápida LAR usada em ações de combate ao narcotráfico, o público, após esta passagem, ficará certamente a conhecer melhor algumas das aeronaves, navios ou até veículos terrestres habitualmente vistos em cenários de guerra.

O F16, um dos melhores aviões de caça do Mundo, equipado com a mais recente tecnologia, é um dos atrativos mais concorridos. Quem já não sonhou em ser um piloto de aviões? Dos maiores aos mais pequenos ninguém perdeu a oportunidade de sentir a emoção em estar sentado numa das aeronaves mais mediáticas da Força Aérea.

Meia centena de militares apoiam
Numa iniciativa que juntou mais de meia centena de militares, dos três ramos das Forças Armadas, a ordem era para informar, trocar experiências e ajudar no que fosse necessário para o público em geral. No primeiro dia de exposição, a afluência foi grande.

«Aparecem muitos jovens com interesse e a perguntar como se vai à tropa... [risos]. Outros, ex-militares, aproveitam para contar algumas das suas histórias. É bom mostrar que as forças militares não são só as operações em palco de guerra. Estamos presentes diariamente no território nacional», sublinhou Pedro Valentim, 2.ª Sargento da Força Aérea, que regressou do Afeganistão em 2010.

Ao lado do F16, estava o Fire Protect, um veículo que assegura o combate rápido e eficaz em situações de incêndio em aeronaves e infraestruturas aeroportuárias. Uma viatura de combate, de 30 toneladas de peso, com capacidade para 10 mil litros de água. Ao volante estava Alexandra Silveira, 2.ª Sargento da FA.

«Tive carta de pesados ainda cedo, mas para conduzir este veículo de grande porte é necessária uma especialização. Como se deu esta atração? Sempre gostei de fardas… e assim que tive oportunidade decidi entrar nas forças armadas», disse a militar, que, pouco depois, destacou o facto do aparecimento de cada vez mais mulheres nesta atividade:

«Os tempos são outros e mudam-se as mentalidades. Aquela ideia de que a mulher tem de ficar em casa está fora de moda… Temos na nossa unidade grandes profissionais e todas as mulheres podem fazer o mesmo que os homens».

Fazer slide e comer... pizza
Além de poder observar e sentir os muitos meios de combate, estas demonstrações militares estendem-se a outras atividades, com destaque para a possibilidade de ser utilizada a torre multiusos do Exército. Um meio que permite fazer slide, rapel e escalada. As filas sucedem-se e todos aproveitam a oportunidade de sentir as emoções de alguns exercícios militares. Tudo a brincar, é certo, num ambiente mais lúdico, mas que é sempre acompanhado pelo profissionalismo de todos os efetivos presentes.

O balanço do primeiro dia de demonstração não podia ser melhor e promete ainda mais até ao próximo domingo. No final, para compensar o cansaço de muita atividade, ainda há tempo para fazer uma pausa e fazer uma curta deslocação à Padaria de campanha, que equipa a secção de planificação do pelotão de serviços da companhia das Forças de Apoio Geral do Exército.

Um espaço utilizado em Portugal e estrangeiro, que, por exemplo, tem capacidade para confecionar 2400 pães por dia. Ontem, por ser um dia especial, houve pizza para os presentes. (Bola)

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