9 de janeiro de 2013

Aviões e helicópteros para formação de pilotos da Força Aérea sustentáveis até 2018


O chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), José Pinheiro, afirmou hoje que os aviões Alpha Jet e os helicópteros Alouette só são "sustentáveis" até 2018 devido aos anos de operação e terão de ser substituídos.
"É um avião e um helicóptero que já tem muitos anos de serviço, o Alouette 3 vai comemorar este ano os 50 anos de operação na Força Aérea Portuguesa, são dois meios que só poderemos sustentar até 2018 e portanto julgo que será adequado equacionar em sede própria e no momento próprio a sua eventual substituição", afirmou o chefe militar.
O general José Pinheiro falava aos jornalistas no final de uma audição de mais de duas horas na comissão parlamentar de Defesa, que decorreu à porta fechada.
Já sobre os aviões Hércules C-130, o CEMFA referiu que  "já têm muitos anos de operação", mas "vão ser sujeitos a um programa de modernização que lhes vai garantir capacidade para operar por mais algum tempo".
Sobre a situação do ramo, o CEMFA disse que "as dificuldades são conhecidas, existem", mas que a Força Aérea "vai ter de se acomodar na medida das possibilidades à realidade com que está confrontada, na certeza de que vai continuar a cumprir a sua missão".
O general referiu que os pilotos da Força Aérea têm "a expectativa de voar ligeiramente mais" em 2013 (em 2012 foram realizadas 15.500 horas de voo) devido "a um ligeiro acréscimo" nas verbas para operação e manutenção e que existe preocupação com "a regeneração e a capacidade de sustentar a capacidade".
"Gostaríamos de voar mais? Com certeza, porque isso permitia-nos ter mais pilotos e mais pilotos qualificados", afirmou, no entanto.
Questionado sobre o interesse da Bulgária na compra de caças F-16 da Força Aérea Portuguesa, o CEMFA sublinhou que esse é um assunto que "decorre na alçada do Ministério da Defesa", remetendo "os detalhes do programa" para a tutela. (I)

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