13 de julho de 2013

Único patrulha operacional será atribuído em breve à Madeira

Dos três patrulhas da classe "Cacine" construídos há 40 anos e ainda ao serviço da Marinha portuguesa apenas um está operacional e será atribuído à Zona Marítima da Madeira, indicou hoje à Lusa fonte da Armada.

Segundo a fonte, o NRP (Navio da República Portuguesa) "Cacine", que deu nome à classe e cuja construção data de 1969, é o único destes patrulhas que está operacional, depois de uma reparação concluída a 13 de Setembro de 2012.

"Vai brevemente ser atribuído à Zona Marítima da Madeira", disse a fonte.

Já o NRP "Cuanza", ao serviço desde 1970, encontra-se em intervenção desde 14 de Janeiro, "estando previsto concluir o período de reparações no final do mês de Julho". Está inoperacional desde Setembro de 2012, precisou a Marinha.

Construídos nos Estaleiros Navais do Mondego, na Figueira da Foz, estes navios, de 44 metros de comprimento, operam junto a zonas costeiras em missões de vigilância, patrulha e defesa, tendo uma guarnição de 33 marinheiros, entre oficiais, sargentos e praças, além de vário armamento.

O NRP "Zaire", o terceiro destes navios e ao serviço desde 1971, "vai iniciar, em breve, um período de reparações", conforme decisão do ministério da Defesa Nacional, que autorizou uma verba de quase 4 milhões de euros para a operação.

Num despacho publicado hoje em Diário da República, o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, reconhece que aquele navio necessita de realizar uma acção de manutenção, que inclui uma docagem e uma revisão intermédia para poder "manter a sua actividade operacional e as valências inerentes às suas capacidades".

É autorizada a celebração de um acordo pela Direcção de Navios da Marinha com o Arsenal do Alfeite para reparação do NRP "Zaire", o qual "não deverá exercer o preço máximo" de 3.997.500 euros.

Estes patrulhas asseguram missões como fiscalização da pesca, salvaguarda da vida humana no mar, controlo dos esquemas de separação de tráfego marítimo e da poluição, além de apoio às populações e a organismos civis.

A Marinha sublinha que a ausência destes meios tem sido "colmatável por recurso a empenhamento de outro tipo de unidades navais, mitigando-se, assim, os riscos, eventuais".

A substituição destes patrulhas por cinco novas lanchas de fiscalização costeira (LFC) - com opção por mais três - estava prevista no âmbito do contrato de reequipamento da Marinha, celebrado em 2004 entre o Ministério da Defesa e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

Cada LFC deveria custar cerca de 20 milhões de euros, mas esse contrato, juntamente com a encomenda de mais seis navios de patrulha oceânica, foi revogado pelo actual Governo, em Setembro de 2012, devido à reprivatização dos ENVC.

Ainda segundo a Marinha, o dispositivo naval está a operar, actualmente, nas várias regiões marítimas (norte, centro, sul, Açores e Madeira), com lanchas de lanchas de fiscalização, corvetas, um navio de patrulha oceânico (construído em 2011 nos ENVC) e uma fragata, em diferentes regimes de prontidão. (DN)

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