22 de outubro de 2013

CEMGFA diz-se “muito tranquilo” sobre documento para o sector da Defesa

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Luís Araújo, disse hoje estar "muito tranquilo" com o Orçamento do Estado (OE) para 2014, embora remetendo maiores comentários para um período após a aprovação do documento.

"Estou muito tranquilo, ainda não tenho conhecimento do orçamento, ainda não foi aprovado. Não estou nada preocupado. Logo se vê", disse aos jornalistas, e sublinhando também que as verbas "com certeza" que não irão colocar em causa a operacionalidade das forças armadas.

O general Luís Araújo falava em Lisboa no final de uma reunião de Chefes de Estado-Maior das Forças Armadas integrada na iniciativa 5+5 Defesa, a que Portugal preside actualmente.

Sobre o teor da reunião, que antecede um encontro em breve dos ministros da Defesa, o CEMGFA disse que o "fluxo de imigrantes [ilegais] que tentam chegar à Europa" por via marítima, com consequências desastrosas, como sucedeu recentemente em Lampedusa, mereceu o destaque dos presentes.

"Com certeza" que haverá reforço na vigilância destas situações, declarou, lembrando que "as autoridades italianas triplicaram os meios aero navais" após a recente tragédia.

A iniciativa 5+5 Defesa tem por missão aprofundar o diálogo sobre assuntos militares regionais, a compreensão e o conhecimento entre os militares e, consequentemente, aumentar a cooperação militar entre os seus países, sendo a coordenação do patrulhamento no mar Mediterrâneo uma das prioridades.
O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, destacou na semana passada uma redução de 140 milhões de euros no orçamento do ministério em 2014 face a 2013, garantindo que se mantém a "operacionalidade necessária".

"No que tem que ver com as receitas que vêm do Orçamento Geral do Estado, o que tem que ver com aquilo que cada português contribui para a Defesa Nacional, há uma diminuição no orçamento de 140 milhões de euros", disse Aguiar Branco.

O ministro da Defesa Nacional sublinhou que a redução deve-se à prossecução da "reforma Defesa 2020" que inclui a redução do número de efectivos das Forças Armadas - menos 2000 em 2014 - e do dispositivo operacional.

O OE para 2014 prevê uma despesa total consolidada de 2.138,7 milhões de euros, representando um aumento de 6,8 por cento face à estimativa para 2013, de acordo com os números indicados no relatório que acompanha a proposta de lei entregue terça-feira na Assembleia da República. (Jornal da Madeira)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.