Uma centena de jovens nascidos em 1995 apresentou-se, esta segunda-feira, na Base Naval do Alfeite, em Almada, para o Dia da Defesa Nacional, que abrange um total de 132.000 jovens e que este ano permitiu poupar um milhão de euros.
"Em termos globais há uma poupança de 25% (um milhão de euros), que foi conseguida através de um aumento de 12 para 21 centros de divulgação da defesa Nacional", disse o director dos serviços de Recrutamento e Assuntos do Serviço Militar, Tenente-coronel César Reis.
"Com este aumento de 12 para 21 centros de divulgação, conseguimos uma redução de 100% nos transportes aéreos e marítimos e uma redução significativa ao nível dos transportes terrestres", acrescentou.
César Reis falava à Lusa a bordo da fragata Francisco de Almeida, na Base Naval do Alfeite, quando pouco mais de uma centena de jovens contactava com os militares da Marinha Portuguesa.
O Dia da Defesa Nacional visa sensibilizar os jovens para a temática da defesa nacional e que passa por evidenciar a existência da componente militar e das componentes não-militares, mas, como seria de esperar, nem todos se mostram interessados na carreira militar.
"Só aqui estou porque a convocatória era obrigatória, mas não tenho interesse em seguir a carreira militar, até porque já estou na universidade e não é isto que perspectivo para o meu futuro", disse Mariana Simão, uma jovem de Almada convocada para se apresentar esta segunda-feira na Base Naval do Alfeite.
Uma opinião partilhada por Frederico Branco, também de Almada, que não tenciona ingressar na vida militar, mas que apreciou o dia passado no Alfeite.
"Foi um dia engraçado, mas também não penso seguir a carreira militar, porque já escolhi outro caminho para o meu futuro", disse.
Dois exemplos que não preocupam o director dos Serviços de Recrutamento e Assuntos do Serviço Militar, que garantiu não haver falta de voluntários para as Forças Armadas.
"Vamos ter um total de 132.000 jovens - 68.000 do sexo masculino e 64.000 do sexo feminino - no Dia da Defesa Nacional, sendo que nós precisamos apenas de dois por cento de voluntários", lembrou o Tenente-coronel César Reis.
"E não há nenhum jovem que deixe de vir ao Dia da Defesa Nacional, embora alguns peçam adiamento quando são convocados, porque têm exames ou por outras razões. Mas acabam todos por vir", frisou.
Além do contacto com os militares, os jovens que hoje participaram no Dia da Defesa Nacional tiveram também a oportunidade de conhecer a Autoridade Nacional de Protecção Civil, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, entre outras entidades onde o Estado faz grandes investimentos na área da prevenção.
"São assuntos que, no fundo, também terão uma carácter de utilidade bastante grande para esta juventude, uma vez que são áreas em que também se investe muito em termos de prevenção e, nesse sentido, pensamos que a mensagem do Dia da Defesa Nacional sairá mais enriquecida e reforçada com esta diversidade", justificou o Tenente Coronel César Reis. (JN)
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