20 de janeiro de 2014

Jovens admiram Forças Armadas. Serviço militar obrigatório deveria voltar?

No âmbito do Dia da Defesa Nacional, cerca de 130 mil jovens vão passar, ao longo do ano, por diversas unidades militares e participar em várias iniciativas. Em declarações à Renascença, o General Loureiro dos Santos defende o regresso do serviço militar obrigatório como regulador do desemprego.

Começa esta segunda-feira a 10ª edição do Dia da Defesa Nacional, em que são esperados 650 jovens em cinco unidades, Alfeite, Queluz, Braga e Ovar. O Dia da Defesa Nacional (DDN) visa sensibilizar os jovens de ambos os sexos para as suas responsabilidades, deveres e direitos enquanto cidadãos, dando a conhecer as missões e a organização das Forças Armadas.

No âmbito do Dia da Defesa Nacional, 130 mil jovens nascidos em 1995 vão passar por diversas unidades militares durante o ano, e participar em várias iniciativas. Vão ouvir falar de tráfico de seres humanos, violência doméstica, namoro violento, segurança na Internet, direitos humanos e outros temas.
Portugal tem as “melhores forças militares do mundo”, que “desempenham um papel muito importante, nomeadamente em missões de paz”, refere à Renascença Paulo, um jovem de Mirandela. Pedro considera que as Forças Armadas “são muito importantes para o país, ajudam a defender a pátria” e João acrescenta que, “apesar de não termos visto muitas guerras, quando é preciso Portugal está lá e ajuda”.

As actividades do Dia da Defesa Nacional foram suspensas em meados de 2013, mas o ministro Aguiar Branco decidiu retomar a ideia com um novo modelo. Porque o Ministério da Defesa não quer ver repetido este ano o acidente que levou à morte de uma jovem em 2011, quando participava em actividades numa unidade militar, no regimento da Serra do Pilar, não vai haver actividades radicais nas iniciativas previstas.

Serviço militar obrigatório de volta? 

O regresso do serviço militar obrigatório poderia servir de regulador do desemprego entre os mais jovens. A tese é defendida na Renascença pelo General Loureiro dos Santos, nesta segunda-feira.

“Do meu ponto de vista seria vantajoso, porque o serviço militar obrigatório poderia servir de uma espécie de regulador, de balanceiro económico e social, o que acontece com todos os países que têm serviço militar obrigatório. Seria importante que voltasse, portanto”, afirma
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Mas os jovens ouvidos pela Renascença, na idade das grandes escolhas, apesar de valorizarem o papel das Forças Armadas Portuguesas, preferem outras saídas profissionais. Rafael chegou a pensar na carreira militar “por influência do pai”, mas pôs a ideia de “lado”.

Foi também o que fez Pedro: pensou e desistiu da ideia, embora considere que “as Forças Armadas podem ser um escape para muito jovens, por falta de outras saídas profissionais”.

José prefere enaltecer a formação que é ministrada nas Forças Armadas e a persistência dos que prosseguem uma carreira militar. “É interessante ver a formação que fazem tanto a nível físico como psicológico”, refere, para concluir que admira “aqueles que conseguem continuar e têm força de vontade para vencer todos os obstáculos e servir Portugal da melhor forma”.

Rafael é de opinião que as Forças Armadas deveriam ter “um papel mais interventivo na sociedade, sobretudo nas localidades onde há quartéis”, onde devia “existir um pouco mais de patrulhamento, ajudando as autoridades e intervir mais junto da população”, sustenta. (RR)

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