O aparelho participou no quarto exercício militar "Saharan Express", que decorreu de segunda a quarta-feira ao largo da ilha cabo-verdiana de São Vicente e envolveu marinhas e guardas-costeiras de 11 países, incluindo Portugal.
Na quinta-feira, o "P3 Orion", recentemente equipado com nova tecnologia de vigilância marítima nos Estados Unidos, transportou um grupo de jornalistas, sobrevoando a costa leste e norte da ilha de Santiago, a ilha do Fogo, regressando depois à Cidade da Praia, num voo de quase uma hora.
Em declarações aos jornalistas presentes a bordo, o capitão Robert Teixeira, piloto aviador da FAP, indicou que a aeronave, além de ter participado no "Saharan Express", vai continuar nos próximos dias no arquipélago para apoiar Cabo Verde na fiscalização da Zona Económica Exclusiva (ZEE) e inspeccionar navios que sulcam às águas, estando também preparado para operações de busca e salvamento.
A pequena demonstração contou também com a presença do embaixador de Portugal em Cabo Verde, Bernardo Lucena, e do director da Polícia Judiciária (PJ) cabo-verdiana, Carlos Reis, não tendo sido permitido qualquer filmagem ou fotografia a bordo.
Robert Teixeira ressalvou que a aeronave tem a missão primária de executar operações de busca e salvamento, patrulhamento marítimo, detecção, localização e seguimento e ataque a submarinos e meios de superfície.
Hélder Ferreira, também oficial da força aérea, avançou à imprensa que o aparelho está equipado com tecnologia de ponta, recentemente adquirida nos Estados Unidos, tem uma autonomia de voo de 12 horas e está ainda preparada para executar operações de busca e salvamento.
Recentemente, lembrou, realizou, "com êxito", uma missão de salvamento da tripulação de veleiro nas águas de Cabo Verde, fruto da cooperação entre Portugal e Cabo Verde.
Com uma tripulação de 13 elementos, incluindo três mulheres, o "P3 Orion" opera a uma velocidade cruzeiro de 360 nós (cerca de 650 km/hora) e em quaisquer condições meteorológicas, sendo que Portugal conta com cinco aeronaves idênticas que têm vindo a ser adquiridas desde 2005 à Real Marinha Holandesa.
Actualizada com um conjunto de modernos sensores e um sistema táctico de missão completamente integrado, a aeronave tem uma capacidade de transmissão de vídeo em tempo real do alto mar, directamente para uma estação em terra.
A bordo da aeronave são transportados equipamentos de emergência que são lançados ao mar para possíveis naufrágios, designadamente salva-vidas com kits de sobrevivência, que incluem alimentos, água, primeiros socorros e meios de comunicação.
O potencial bélico do "P3 Orion" é constituído ainda por torpedos MK46, mísseis anti-navio, AGM -84 D Harpoon, bombas de profundidade MK54 e mísseis AR/AR AGM 65 Maverick. (Notícias ao Minuto)
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