“Os fogos florestais são um flagelo nacional e temos de fazer tudo para que não se volte a assistir à tragédia de ver o país a arder”, afirmou a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional, apontando uma prioridade, depois de assistir à apresentação sumária de 24 projectos de Investigação, Desenvolvimento & Inovação (ID&I) em que o Centro de Investigação da Academia Militar (CINAMIL) participa activamente.
Berta Cabral ficou particularmente entusiasmada com o projecto FIREND, um projéctil de artilharia destinado a combater incêndios em situações atmosféricas adversas, em declive acentuado, com visibilidade reduzida e, disparado à distância, permitindo atingir zonas inacessíveis aos meios terrestres.
Na visita desta sexta-feira à Academia Militar (AM), onde foi recebida pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General Carlos Jerónimo, a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional fez questão de enfatizar as missões de interesse público levadas a cabo pelos militares, considerando que “esta dimensão representa o desafio de modernidade das Forças Armadas, que têm de estar prontas para as suas missões e devem estar também viradas para as necessidades das pessoas em tempo de paz.”
Na segunda visita a um Estabelecimento de Ensino Superior Militar, depois de ter estado na Academia da Força Aérea, Berta Cabral lançou o desafio: “As capacidades que existem no interior das academias têm de ser mais divulgadas e postas ao serviço das pessoas”, acrescentando “satisfação e regozijo por saber que há muita investigação e muita parceria com a sociedade civil”.
No Palácio da Bemposta, onde funciona a sede da AM, a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional assistiu a um brífingue do Comandante, Tenente-General Rodrigues da Costa, que fez um retrato panorâmico da instituição criada em 1837 pelo Marquês Sá da Bandeira, como herdeira da Aula de Artilharia e Esquadria, fundada em 1641. A actual designação é relativamente recente (1959).
A Academia Militar tem 636 alunos, dois terços dos quais pertencem ao Exército e um terço à Guarda Nacional Republicana (GNR), além de alguns bolseiros de países lusófonos. As mulheres são 9 por cento do Corpo de Alunos. Ao longo da história, a AM já formou mais de 15 mil oficiais dos três Ramos das Forças Armadas e da GNR, fornecendo-lhes competências científicas, militares, físicas e comportamentais.
A apresentação das actividades do Centro de Investigação da Academia Militar (CINAMIL) esteve a cargo do responsável, o Coronel Tirocinado Corte-Real Andrade. Além do apoio que presta à Base Tecnológica e Industrial de Defesa (BTID), o CINAMIL é protagonista em 24 projectos diversificados, desde demolições de emergência a aproveitamento de energia geotérmica.
No polo da Amadora da AM, a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional conheceu as instalações onde estão concentradas a maior parte das actividades lectivas e contactou com os alunos, transmitindo-lhes uma mensagem de incentivo para a “nobre missão que têm de cumprir ao serviço das Forças Armadas e do país, com valores, com ideais e com uma cultura”. Berta Cabral testemunhou o entusiasmo dos cadetes pela forma enérgica como executaram o Grito da AM. (Defesa Nacional)
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