O centro de interpretação da primeira posição ocupada pelo exército português na Batalha de Aljubarrota, na Batalha, investimento de 1,5 milhões de euros da Fundação Batalha de Aljubarrota, abre no domingo.
O espaço, junto à ponte da Boutaca, é um complemento ao Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota (CIBA), em São Jorge, Porto de Mós, onde se travou o conflito, disse à agência Lusa o Director do CIBA, João Mareco.
"O que tentámos foi aproximar, em termos museológicos e científicos, os conteúdos do CIBA, relativos à Batalha de Aljubarrota, e o que lhe sucedeu: o agradecimento da vitória e posterior construção do Mosteiro da Batalha", explicou João Mareco, adiantando que o objectivo foi mostrar "algo que não tinha sido devidamente explorado".
O centro tem três núcleos, o primeiro relativo às personagens ligadas à problemática da sucessão ao trono e de intervenientes na batalha travada a 14 de Agosto de 1385, como D. João I, D. Juan I de Castela, Leonor Teles ou Nuno Álvares Pereira.
"A segunda fase é um espectáculo de imagem e som sobre o processo de construção do mosteiro. É uma viagem virtual e a última imagem desta viagem abre a janela para o terceiro núcleo, que é a contemplação da paisagem, onde se inclui o mosteiro", declarou o responsável.
João Mareco acrescentou que o centro "reforça a mensagem" relativa à importância da "posição estratégica" assumida pelo exército português, liderado por Nuno Álvares Pereira, que estava em "situação muito mais vantajosa em relação ao inimigo" antes de travar e vencer os castelhanos em São Jorge.
O novo centro pode ser visitado de terça-feira a domingo, mediante marcação para servico.educativo@fundacao-aljubarrota.pt ou pelo telefone 244480062. Os grupos devem ter um mínimo de dez pessoas.
O Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, que passou pela remodelação do antigo Museu Militar de São Jorge e recuperação paisagística do campo envolvente, foi inaugurado em Outubro de 2008.
Em Novembro de 2010, o Conselho de Ministros aprovou o decreto que procedeu à classificação, como monumento nacional, do campo, assim como da área envolvente, onde se inclui a primeira posição do exército português.
Em comunicado, o Governo justificou a classificação com o facto de representar "um momento decisivo de afirmação de Portugal como reino independente", destacando ainda a "táctica militar inédita, apurada na Guerra dos 100 Anos e posta em prática por Nuno Alvares Pereira", na Batalha de Aljubarrota. (DN)
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