9 de maio de 2014

Força Aérea Portuguesa perdeu 60 por cento dos pilotos comandantes

O Chefe de Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa (FAP), general José Pinheiro, disse esta sexta-feira que a FAP perdeu cerca de 60 por cento dos seus pilotos comandantes razão pela qual o Destacamento na ilha do Porto Santo está parcialmente operacional.

«A FAP, de há uns meses para cá, sofreu uma restrição drástica no número de pilotos comandantes da Esquadra dos EH101 e, como é normal, estamos a passar por uma situação de dificuldades porque não temos capacidade para repor imediatamente aquilo que perdemos», disse.

O general salientou que «a FAP perdeu cerca de 60 por cento dos pilotos comandantes que tinha e, portanto, entrou numa situação muito difícil», reconheceu à margem da cerimónia que assinalou o primeiro aniversário da Estação de Radar n/4, no Pico do Arrieiro, na Madeira.

Segundo o general José Pinheiro, assim que for possível requalificar ou qualificar novos pilotos comandantes será preenchida a vaga no Destacamento da FAP No Porto Santo.

Lembrou que «a qualificação não é automática, os pilotos têm que demonstrar, têm que voar, têm que fazer muitas horas de voo porque voar de dia e de noite, com bom ou mau tempo exige uma qualificação que se obtém ao longo de anos com muita experiência e muitas horas de voo». «O Destacamento do Porto Santo não tem cá o piloto comandante, o helicóptero está cá, está operativo, tem uma equipa de mecânicos, tem o copiloto», enumerou.

Em caso de emergência ou de busca e salvamento o plano de acção - «que é aquilo que, neste momento, é o melhor que podemos fazer» - é empenhar ou o helicóptero que está no continente, ou o que está nos Açores, ou, então, «trazer um piloto comandante para Porto Santo de forma o mais expedita possível sendo que, enquanto o piloto comandante está em viagem para o Porto Santo, os que estão cá vão aprontando o helicóptero, vão preparando a missão de modo a que não se perca tempo».

«Estamos a fazer o possível por mitigar o problema o tão breve quanto possível», acrescentou.

Apesar de hoje comemorar um ano de existência, a Estação de Radar n/4 da FAP no Pico do Arrieiro não está 100 por cento operacional por «não estar ainda integrado no sistema de defesa aérea nacional» devido a «algumas anomalias». «Esperamos que seja no segundo semestre, temos expectativas que durante o segundo semestre o sistema fica operativo», vaticinou.

A Estação Radar n/4 (ER4) é parte integrante do projecto de extensão do Sistema de Comando e Controlo Aéreo de Portugal (SICCAP) ao arquipélago da Madeira. (TVI24)

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