O INESC TEC, do Porto, e o Centro de Investigação Naval da Marinha Portuguesa estão entre os 18 parceiros de um projecto europeu que visa melhorar a eficácia das actividades de vigilância de fronteiras marítimas.
Fonte do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores -- Tecnologia e Ciência (INESC TEC) disse hoje à Lusa que o projecto SUNNY, co-financiado pela Comissão Europeia, será apresentado em Portugal num 'workshop' que se realiza dia 30, no Porto, no âmbito da 4.ª edição do Fórum do Mar.
Com a presença de representantes das instituições parceiras do SUNNY, o 'workshop' visa promover um debate sobre as necessidades operacionais de Sistemas Aéreos não Tripulados nas operações de segurança nas fronteiras e espaços marítimos.
O projecto Smart UNattended airborne sensor Network for detection of vessels used for cross border crime and irregular entrY (SUNNY) (rede de sensores aéreos inteligentes para a detecção de embarcações usadas para fins criminosos e entradas irregulares além-fronteiras) irá decorrer durante 42 meses e contribuirá para atingir os objectivos do Sistema Europeu de Vigilância das Fronteiras (EUROSUR).
No âmbito do projecto SUNNY serão desenvolvidas capacidades técnicas interoperáveis e de baixo custo, em particular para detectar e seguir pequenas embarcações utilizadas por migrantes e traficantes de droga.
De acordo com o director adjunto de Investigação no BMT Group e coordenador do Projecto SUNNY, Rory Doyle, "a escala e afastamento geográfico de algumas fronteiras (terrestres e marítimas) representam um desafio complexo para as autoridades nacionais. Este desafio é exacerbado pela falta de recursos disponíveis para lidar com estas tarefas e para conseguir atingir os níveis de eficácia pretendidos. Ao melhorar os sensores e a capacidade de transmissão de dados, assim como o processamento de dados em tempo real, o projecto SUNNY permitirá ultrapassar estes desafios."
Segundo os responsáveis pelo projecto, o SUNNY irá definir novas ferramentas que permitam recolher informação em tempo real em cenários de operação onde muito do trabalho de desenvolvimento se baseia no processamento de informação e nas comunicações a bordo por forma a melhorar a eficiência e reduzir custos.
Com 18 parceiros, o SUNNY representa "um avanço relativamente aos projectos de investigação existentes" devido a um conjunto de características, tais como uma rede de sensores para um veículo aéreo não tripulado (Unmanned Aerial Vehicle -- UAV) com dois níveis, que será desenvolvida para testar capacidades de vigilância focada ou em grandes campos de visão. Estes veículos poderão ser usados futuramente assim que sejam autorizados voos em espaços aéreos não-segregados.
"Com o projecto SUNNY, pretendemos não só melhorar a eficácia dos sensores aéreos utilizados actualmente, mas também conseguir uma abordagem mais integrada para as tecnologias utilizadas e os sistemas de comunicação necessários. Desta forma, o projecto irá equipar a UE e os seus estados membros com ferramentas avançadas para a protecção fronteiriça e para prevenir crimes além-fronteiras", acrescenta Rory Doyle. (Porto Canal)
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