A epidemia de ébola na África Ocidental está a preocupar as autoridades mundiais e ontem a ONU alertou que são precisos 800 milhões de euros para combater a epidemia.
Quem vai partir em breve para a Libéria (um dos três países mais atingidos pelo vírus, juntamente com a Serra Leoa e Guiné-Conacri) é um contingente de três mil tropas norte-americanas, anunciou ontem o presidente dos EUA, Barack Obama.
Em Portugal, a Força Aérea está de prevenção para um eventual cenário de recolha em África de doentes infectados com o ébola, portugueses ou estrangeiros, e posterior transporte para o nosso país. Na sexta-feira, na Base Aérea do Montijo, as tripulações das aeronaves de transporte C-130 e C-295 receberam formação de técnicos do Instituto Nacional de Emergência Médica: aprenderam a manusear os equipamentos de protecção individual entregues aos militares destacados para cenários de ébola. Fontes militares disseram ao CM que ainda não existe planeamento concreto de missões, mas que as mesmas podem acontecer assim que necessário.
A decisão de envolver as tropas portuguesas em missões de recolha de doentes nos países africanos afectados pelo ébola partiu do ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, após uma reunião informal de ministros da Defesa da Aliança Atlântica, realizada na semana passada em Itália. Após o regresso a Portugal, Aguiar-Branco reuniu-se com o general-chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, Pina Monteiro, determinando a necessidade de aprontamento da formação.
Segundo os últimos dados da Organização Mundial de Saúde, 4985 pessoas foram infectadas e 2461 morreram de ébola. (C.M)
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