A propósito dos 10 anos sobre o fim do Serviço Militar Obrigatório (SMO), o CEMGFA sustentou que o ambiente de conflitualidade actual se caracteriza por "elevada complexidade" e por uma crescente tipologia de operações militares.
Estes factores, aliados a "uma cada vez maior sofisticação dos equipamentos e sistemas de armas", requerem "uma formação técnico-táctica de maior duração e mais exigente", argumentou.
Nesse sentido, o General Artur Pina Monteiro defendeu que "o serviço militar voluntário, sustentado em regimes de contrato e regimes de voluntariado revela-se muito adequado para fazer face aos novos desafios da conflitualidade actual e emergente".
O General CEMGFA defendeu ainda que "não tem havido dificuldades" no recrutamento de voluntários, considerando "gratificante reconhecer a atractividade dos jovens em torno das Forças Armadas", que disse ser "bem evidente nas múltiplas actividades em todo o país". "Do ponto de vista operacional não tem havido dificuldades na alocação de recursos humanos adequados para cumprimento das missões que têm vindo a ser cometidas às Forças Armadas", afirmou Pina Monteiro.
O fim do SMO foi aprovado em 1999, ficando estabelecido um período de transição de quatro anos. A passagem para a profissionalização ficou concluída em Setembro de 2004.
Com o fim do SMO, instituiu-se o Dia da Defesa Nacional, com iniciativas por todo o país que visam dar a conhecer as missões das Forças Armadas e o que significa a Defesa Nacional.
O Dia da Defesa Nacional conta desde Janeiro de 2014 com um novo modelo, que custou menos 25 por cento, cerca de um milhão de euros, do que o modelo anterior, passando a envolver entidades como a GNR e a Autoridade Nacional de Protecção Civil.
As Forças Armadas receberam em dez anos cerca de 130.600 candidaturas de jovens que se propuseram a prestar serviço militar, dos quais 30 por cento foram incorporados. Em média, 13.060 homens e mulheres candidatam-se todos os anos a prestar serviço militar nos três ramos das Forças Armadas.
Como empregador, as Forças Armadas registam, em termos gerais, mais procura do que oferta, havendo especialidades que têm maior procura do que outras. As vagas são abertas em função das necessidades e também das disponibilidades orçamentais. (DEFESA )
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