O ministro da Defesa Nacional iniciou ontem uma visita à Colômbia tendo assumido dois objectivos primordiais para esta jornada. O primeiro, o de estabelecer, pela primeira vez, relações bilaterais entre os ministérios da Defesa de Portugal e da Colômbia e o segundo, o de promover a internacionalização de empresas portuguesas na área da Defesa neste país.
“É a primeira vez que um ministro da Defesa português vem à Colômbia e, portanto, vamos poder estabelecer uma relação bilateral no quadro global da Defesa com o Ministério da Defesa colombiano”, declarou José Pedro Aguiar-Branco.
“O primeiro plano tem uma carga simbólica, mas também tem uma expressão muito completa, porque, hoje, as ameaças globais”, como a pirataria, o terrorismo e o narcotráfico, tornam necessária “uma interligação” entre as forças armadas de Portugal e da Colômbia, dois países que, “aparentemente, estão noutra órbita, mas que, face a este tipo de ameaças, estão na mesma capacidade de resposta na interacção e na interoperacionalidade”.
Segundo o ministro da Defesa Nacional, as relações bilaterais entre os ministérios da Defesa de Portugal e da Colômbia podem vir a ser estabelecidas em várias áreas referindo que esta matéria será objecto de análise durante a reunião bilateral a decorrer durante o dia de hoje.
Entre as várias áreas em que poderão ser estabelecidas relações bilaterais, José Pedro Aguiar-Branco destacou o “cluster” naval-marítimo, no qual “há a possibilidade de estreitar relações entre as duas marinhas, da Colômbia e de Portugal, com projectos concretos”.
Hoje, José Pedro Aguiar-Branco participou na sessão inaugural da Feira Internacional de Defesa e Segurança de Bogotá (Expodefensa), que conta com a participação da empresa pública portuguesa IDD – Indústria de Desmilitarização e Defesa e de mais 12 empresas portuguesas da área da Defesa.
A participação da IDD na Expodefensa, tratar-se da primeira acção internacional da “nova realidade” desta empresa, que “tem como objectivo principal cuidar da internacionalização” de todas as empresas, públicas e privadas, portuguesas da área da defesa disse o responsável pela pasta da Defesa Nacional.
Esta é uma forma de “abrir caminho para novos mercados para a capacidade de exportação e internacionalização” das empresas portuguesas na área da Defesa, acrescentou, mencionando que as indústrias de Defesa portuguesas “também contribuem para a capacidade exportadora de Portugal, que “tem boas capacidades” nas áreas de aeronáutica, naval e tecnologia.
As empresas portuguesas representadas na Expodefensa vão “descobrir novas realidades e oportunidades de negócio” neste certame, que “é uma boa estreia” para a “nova realidade” da IDD, concluiu o ministro. (Defesa)
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