23 de dezembro de 2014

Força Aérea já está a treinar “pilotos” da futura esquadra de drones

O primeiro curso de operadores de drones da Força Aérea descolou no dia 15 de Dezembro na Base Aérea nº1. O curso estruturado pela Academia da Força Aérea está actualmente a leccionar os primeiros módulos das 450 horas de aulas teóricas. O plano de formação deverá ter uma duração de cinco meses. Além da formação da primeira leva de operadores, os planos da Força contemplam ainda a constituição da primeira esquadra de drones nos próximos dois anos.

Apesar de não serem pilotos, mas sim operadores, os formandos terão de dominar grande parte dos conhecimentos que costumam ser leccionados juntos dos candidatos dos tradicionais brevês. No currículo do novo curso, figuram manuais e temas relacionados com Legislação Aérea, Meteorologia, Navegação, Performance ou Sistemas de Aeronaves. O plano de estudos segue de perto as referências que a NATO, as autoridades aeronáuticas inglesa e canadiana, e Força Aérea Norte-Americana já começaram a pôr em prática.

Marco Casquilho, membro da Direcção de Instrução da Academia da Força Aérea, explica, em declarações ao Público, descreve a formação como «muito equivalente à que é ministrada aos pilotos da Força Aérea».

Depois dos módulos teóricos, os oito formandos poderão finalmente assumir o comando dos veículos aéreos não tripulados durante os treinos previstos para um total de 50 missões da Base da Ota, que hoje é usada em exclusivo para testes dos drones desenvolvidos ou adquiridos pela Academia da Força Aérea.

O curso foi desenhado para garantir os primeiros operadores das máquinas desenvolvidas na Ota, mas abrange igualmente conhecimentos e tecnologias de outras proveniências. Os responsáveis da Academia da Força Aérea admitem, futuramente, abrir o curso a civis, caso haja procura.

Nos últimos anos, a Academia da Força Aérea tem intensificado esforços no desenvolvimento e fabrico de drones. No âmbito do programa conhecido como PITVANT, foram desenvolvidos drones como o Sharky-Fidelidade e o UAS30(com cerca de 25 quilos).

Dentro de dois anos, a Força Aérea conta já poder cruzar os céus com os primeiros veículos aéreos não tripulados de cerca de 600 quilos. Estas máquinas de maiores dimensões podem representar um incremento não só no que toca aos equipamentos e sensores que podem transportar, como também quanto à autonomia energética, que poderá ser especialmente útil em missões de patrulha na Zona Económica Exclusiva. (Exame)

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