Realizou-se esta quarta-feira, na Lituânia, a cerimónia de despedida dos 70 militares e seis caças F-16 portugueses que chefiaram a missão de Vigilância Aérea (BAP, sigla em inglês) da NATO nos Bálticos desde Setembro.
O Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), em comunicado, adiantou que a missão termina formalmente a 1 de Janeiro de 2015, mas a cerimónia de despedida e de transferência de responsabilidades - para a Itália - teve lugar esta quarta-feira na base aérea lituana de Siauliai.
O chamado bloco 36 da BAP, liderado por Portugal, incluía forças da Alemanha, Canadá e Holanda. Foram realizadas mais de 70 missões para "intercepção de aeronaves desconhecidas" - leia-se russas, que em regra não se identificavam - e em que mais de metade foram feitas pelos F-16 portugueses.
O EMGFA informou ainda que os caças da Força Aérea voaram mais de 300 horas, em missões operacionais e de treino, tanto diurnas como nocturnas, na que foi a segunda vez que Portugal liderou um destacamento militar da NATO responsável pela vigilância aérea - o EMGFA escreve "policiamento", o que está constitucionalmente vedado aos militares em Portugal - dos Bálticos.
Note-se que nestes últimos quatro meses de 2014 continuou a assistir-se a uma grande actividade da aviação militar russa junto das fronteiras da NATO, com particular destaque para a região dos Bálticos.
Além de não se identificarem, os aparelhos russos por vezes realizam manobras consideradas de alto risco junto de outras aeronaves, incluindo aviões comerciais.
A tensão crescente com a Rússia, associada aos acontecimentos na Ucrânia, levaram a NATO a criar uma força de reacção rápida para operar nas fronteiras da Europa de Leste. (DN)
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