A homossexualidade era uma "contra-indicação" para quem tinha intenção de ingressar no Exército. Para além desta informação, disponibilizada no site do ramo, um militar não pode ser obeso, alcoólico ou consumidor de drogas.
Segundo o i, o porta-voz do Exército garantiu que a orientação sexual não é impedimento para alguém se tornar num militar e considerou que a inclusão da homossexualidade na lista de contra-indicações é "um lapso, isolado, e que será prontamente rectificado". O tenente-coronel João Góis Pires garante que "a opção sexual não consta nas tabelas em vigor. Não há conhecimento de que algum(a) candidato(a) tenha sido considerado(a) como inapto(a)/incapaz com base no exposto".
O constitucionalista Pedro Bacelar de Vasconcelos considera que a informação no site "é inconstitucional e inaceitável" de acordo com o artigo 13º da Constituição Portuguesa que estabelece que ninguém pode ser privado ou beneficiado de qualquer direito devido à sua orientação sexual.
O suicídio de um militar, durante a semana passada, na Base Aérea de Beja, após ter sido alvo de comentários homofóbicos, levou também à discussão da questão da homossexualidade nas forças armadas.(S)
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