A aptidão que o Exército Português tem para gerar forç̧as, adequadamente treinadas e equipadas, e projectá-las para os teatros de operações onde irão desempenhar as suas missões foi elogiada pelo Chefe de Estado-Maior do Exército, General Carlos Jerónimo no seu discurso na cerimónia de investidura dos estandartes nacionais às forças do Regimento de Cavalaria 6 (RC6) que já no final deste mês partirão para o Kosovo e a Lituânia, em missões da NATO.
Na cerimónia que decorreu ontem, no RC6, em Braga, o General Carlos Jerónimo falou das várias ameaças no contexto internacional, considerando que “a ameaça prevalecente nos dias de hoje continua a ser a típica dos cenários de conflito não convencional. Contudo, a recente evolução da situação na Europa, com a utilização de forma bem-sucedida de um modelo de guerra híbrida, fundamentada na utilização de meios de propaganda com vista à criação de uma realidade alternativa, conjugada com a utilização de forças militares descaracterizadas, configura o perigo latente do regresso a uma conflitualidade de nível convencional”.
É neste contexto global que o Exército Português vai projectar duas unidades para dois teatros de operações distintos, no continente europeu: o Kosovo e a Lituâ̂nia. No Kosovo, Portugal está presente com Forças Nacionais Destacadas desde 1999, tendo reconhecido a sua independê̂ncia em 2008. Apesar de terem passado seis anos desde esta data, a situação, apesar de calma, continua tensa com a eclosão de incidentes esporá́dicos. A projecção do Grupo de Auto-Metralhadoras insere-se no quadro da missão da KFOR da NATO, onde, atravé́s da presenç̧a militar, se pretende o estabelecimento e manutenção da paz, garantindo um ambiente seguro e estável.
Já a missão na Lituânia nasce, na Cimeira de Gales, da necessidade de reforç̧ar a segurança dos novos países da Aliança Atlâ̂ntica do leste europeu, face aos preocupantes desenvolvimentos ocorridos em paí́ses que anteriormente estavam sob a influê̂ncia da cortina de ferro.
A ‘RECCE COY’ Portuguesa vai contribuir para a manifestação de medidas imediatas de afirmação da NATO, de forma a demonstrar a coesão e o esforç̧o de defesa colectiva da Alianç̧a bem como a sua capacidade de dissuasão, contra qualquer ameaç̧a de agressão. Neste contexto, vai actuar em território de um país soberano, membro da NATO. (Correio Minho)
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