O general Artur Pina Monteiro disse à agência Lusa que Ban Ki-moon deu no seu discurso "um sinal inequívoco da importância que as Forças Armadas de todo o mundo têm para a organização".
O CEMGFA disse que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) "afirmou que a situação internacional e as novas ameaças à paz são um desafio acrescido ao empenhamento das Forças Armadas de todo o mundo e que é necessária maior capacidade de projecção", explicou o responsável.
Nesse sentido, Pina Monteiro considerou este encontro, que reúne pela primeira vez mais de 100 dirigentes militares de todo o mundo, um "momento histórico" e "muito necessário".
"Existem requisitos que os novos desafios globais configuram", disse, referindo-se às novas formas de terrorismo, sobretudo o Estado Islâmico, e explicando que o encontro inclui ainda "debates muito centrados na natureza das operações" necessárias para combater estas ameaças.
Segundo a organização, o encontro tem como principal objectivo estabelecer uma plataforma de entendimento sobre as actuais operações de manutenção da paz.
A ONU, que não tem exército próprio, depende neste momento dos países do sul da Ásia e de África, que compõem os dez maiores contribuintes, para assegurar os 130 mil militares envolvidos nas suas 16 missões.
Com 9.446 homens e mulheres, o Bangladesh lidera a lista. Os Estados Unidos, por exemplo, apenas disponibilizam 119 militares, mas com 2.5 mil milhões de dólares anuais (cerca de 2.3 mil milhões de euros) são, de longe, o maior dador financeiro.
Portugal participa actualmente em três missões: no Mali, onde tem uma aeronave C-130H e 45 militares; no Afeganistão, onde tem desde 2008 um militar no cargo, de rotação anual, de conselheiro militar; e na Guiné-Bissau, onde participa com um militar do Exército, em regime 'Secondment'.
Pina Monteiro visitou o país lusófono há duas semanas e assegurou que Portugal pode alargar esta colaboração, ajudando o país num dos seus maiores objectivos: a reforma no sector de defesa e segurança.
"As Forças armadas portuguesas têm condições para apoiar esta reforma caso isso seja determinado" pelas autoridades do país e a pela missão da ONU, afirmou o responsável. (NM)
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