A experiência dos comandos com o Krav Maga começou em 2011, com uma formação que os constantes destacamentos desta tropa de elite para teatros militares no estrangeiro (30 comandos portugueses servem actualmente no Iraque) não permitiu concluir. Mas agora, assinado um protocolo formal entre a Federação e o Centro de Tropas Comando, o curso, com a duração de dois anos, é mesmo para levar até ao fim: "A ideia é que estes oito instruendos - todos voluntários - sejam mais tarde instrutores. Primeiro aos restantes elementos dos comandos e depois, talvez, aos outros ramos das Forças Armadas", diz o major António Cancelinha, durante a primeira demonstração de Krav Maga, que ocorreu na passada quinta-feira, no Quartel da Carregueira, em Sintra.
Durante a sessão praticaram-se movimentos que são ensinados exclusivamente às forças armadas, pois implicam defesa com a utilização da arma de serviço, e também alguns golpes letais, que normalmente não são revelados aos civis nos primeiros anos de aprendizagem. "Trata-se de uma técnica que vem colmatar uma lacuna. Em operações como as que decorrem no Afeganistão, enfrentamos uma ameaça assimétrica. Nunca sabemos onde está o inimigo e quando vai atacar. Muitas vezes, quando ataca, é já numa situação em que o corpo a corpo é inevitável. Assim, o Comando fica pelo menos com um último recurso de protecção da sua integridade física, que sabe poder usar, se isso acontecer. É bom para a autoconfiança do Comando e bom para a moral", sintetiza. (Visão)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.